O índice Ibovespa, da bolsa de valores brasileira (B3), fechou esta quinta-feira (30) aos 148.780 pontos, com alta de 0,1%, após recuperar-se de uma abertura em queda. Foram sete dias consecutivos de ganhos, acumulando uma valorização de 3,23% nesse período, refletindo um clima de otimismo no mercado.
Mercado em alta e o recuo do dólar
Apesar do avanço do Ibovespa, o dólar comercial encerrou o dia em alta, vendendo a R$ 5,38, com aumento de R$ 0,022 (+0,42%). A cotação chegou a R$ 5,39 na manhã, mas desacelerou durante o dia. Em outubro, a moeda estadunidense acumula uma alta de 1,09%, contudo, cai 0,21% na semana. No acumulado de 2025, o dólar registra uma queda de 12,95%.
A alta do dólar ocorre em um cenário de cautela global, influenciada pelas declarações do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell. Após a redução de juros de 0,25 ponto percentual na reunião de quarta-feira (29), Powell afirmou que não há confirmação de um novo corte em dezembro, o que impacta as decisões de investimentos internacionais.
Cautela internacional e resultado do mercado de trabalho
Fatores externos, como a política monetária dos Estados Unidos, fomentar a fuga de capitais de economias emergentes, como o Brasil. Embora o Fed tenha indicado uma pausa nas reduções de juros, expectativas permanecem elevadas quanto ao impacto futuro.
Por aqui, o mercado foi influenciado pelo resultado do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado ontem, que apontou a criação de 213 mil postos formais de trabalho em setembro. Apesar de uma queda de 15,6% na comparação com o mesmo período do ano passado, o número veio acima das expectativas dos investidores, reforçando a percepção de melhora na economia brasileira.
Impacto na bolsa e nas expectativas de juros
Após os números do Caged, o Ibovespa perdeu momentaneamente os 149 mil pontos, sinalizando que o mercado tem intensificado a atenção às futuras decisões do Banco Central (BC) em relação à taxa básica de juros (Selic). Juros mais elevados tendem a deslocar investimentos da bolsa — considerados mais arriscados — para a renda fixa, como os títulos do Tesouro Nacional.
A postura do mercado revela uma cautela de investidores diante do cenário econômico doméstico e internacional, aguardando sinais sobre o ritmo de redução da política de juros no Brasil. Essa expectativa influencia diretamente o desempenho da bolsa e a movimentação cambial.
* com informações da Reuters
 
 
 
 

