No último dia 29 de outubro, um episódio inusitado ocorreu na sede da distribuidora de energia Equatorial Piauí, em Teresina. A cozinheira Raquel, insatisfeita com a falta de atendimento relacionado à energia elétrica em sua residência, quebrou 11 equipamentos eletrônicos da empresa durante uma crise emocional. Nos dias seguintes, ela fez uma retratação pública nas redes sociais, pedindo desculpas pelo ocorrido e justificando seu ato como “atípico”.
O desabafo da cozinheira nas redes sociais
Raquel, em tom arrependido, explicou que ficou trancada na sede da distribuidora e afirmou que tentou, sem sucesso, resolver a situação de sua falta de energia desde o último domingo. “Se eles tivessem resolvido o problema desde o princípio, nada disso teria acontecido”, disse ela. O vídeo em que aparece quebrando os equipamentos gerou grande repercussão na internet e, desde a sua publicação, o perfil da cozinheira ganhou centenas de novos seguidores.
A cozinheira, que também é vendedora de alimentos, levou para a agência da Equatorial Piauí salgados e doces, mas acabou se sentindo frustrada ao ver que suas tentativas de contato com a ouvidoria e com a própria empresa não foram atendidas. Em outro vídeo, ela aparece relatando os problemas enfrentados: “Depois de eu ligar várias vezes para a ouvidoria e a própria Equatorial, meu problema não foi resolvido”.
Situação de estresse e a quebra dos equipamentos
Diante da ineficiência do atendimento, Raquel explodiu em uma crise de estresse, alegando que estava vivendo uma situação de emergência de saúde devido à fibromialgia. “Estou no meio de uma crise de fibromialgia, preciso de atendimento médico. Disseram que não estou detida, mas o portão está trancado com cadeado”, afirmou. Após quebrar os equipamentos, Raquel foi levada para uma sala com um supervisor, que alegou que o problema poderia ser interno, mas, mesmo assim, não permitiu que ela saísse.
Em um momento de desespero, Raquel desabafou sobre como as altas temperaturas em Teresina estavam complicando ainda mais a sua situação: “Estou sem energia, aqui em Teresina é muito quente”. Depois de mais um pico de estresse, a cozinheira quebrou mais um computador na sala, o que acabou resultando na liberação do portão para que ela e seu marido pudessem sair.
Nota da Equatorial Piauí
A Equatorial Piauí emitiu uma nota esclarecendo a situação. A empresa informou que a cliente se exaltou durante o atendimento presencial na agência, provocando danos ao patrimônio da distribuidora. Na nota, a empresa também ressaltou que prioriza a qualidade no atendimento e repudia qualquer ato de violência contra seu patrimônio ou seus colaboradores. A empresa informou ainda que, em visita à residência de Raquel na tarde do dia 29, constatou que o fornecimento de energia estava regular.
Reflexões sobre a situação
Esse incidente levanta questões importantes sobre a maneira como as empresas de serviços públicos lidam com os clientes em situações de emergência. O descontentamento gerado pela falta de atenção e resolução de problemas pode resultar em desfechos dramáticos e não desejados. Raquel, apesar das suas ações, demonstrou ser uma pessoa pacífica em outras ocasiões e pediu desculpas pelo ocorrido, reconhecendo que seu ato foi uma reação extrema a uma situação de necessidade.
Após enfrentar toda a situação, Raquel decidiu deixar Teresina e afirmou que está em um lugar calmo, embora ainda se sinta abalada. “Estou calma, em um lugar calmo”, disse ela. É um lembrete de que todas as pessoas têm limites e que um atendimento humanizado pode fazer toda a diferença na vida dos cidadãos.
Em um mundo cada vez mais conectado, as histórias como a de Raquel servem como um alerta para empresas e clientes sobre a importância da comunicação eficaz e do suporte humanizado.


