As tropas israelenses intensificaram os bombardeios na Faixa de Gaza, mesmo após a anunciada renovação do cessar-fogo na quarta-feira. Os ataques foram justificados pelo exército israelense como uma resposta a “ameaças iminentes” e a suposta “infraestrutura terrorista”. Em um contexto diplomático, o líder chinês, Xi Jinping, parabenizou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pelo seu “compromisso em alcançar um acordo”. Enquanto isso, o governo palestino reivindica sua posição na gestão da Faixa de Gaza, em meio ao cenário de instabilidade.
Cenas de devastação em Gaza
A situação em Gaza permanece crítica. Apenas algumas horas após o anúncio do cessar-fogo, onde se registraram 104 mortes, incluindo 46 crianças, novas ofensivas israelenses atingiram um depósito de armas na parte norte da Faixa. O bairro de Al Salatin, próximo a Beit Lahia, foi o alvo, resultando na morte de pelo menos duas pessoas, de acordo com informações fornecidas pelo Hospital Al Shifa à Al Jazeera.
Impactos no campo de refugiados de Al Maghazi
Além dos bombardeios em Al Salatin, ataques foram também reportados na área leste do campo de refugiados de Al Maghazi e no sul, especificamente em Khan Yunis. O exército israelense afirmou que esta ação visava a destruição de “infraestrutura terrorista” associada ao Hamas, revelando a profundidade da crise humanitária em uma das regiões mais polarizadas do mundo.
Acusações recíprocas entre Israel e Hamas
A troca de acusações sobre violações do cessar-fogo acirra ainda mais a tensão. Uma porta-voz do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou que “o Hamas está enganando Israel e o mundo”, enquanto o Hamas respondeu acusando Israel de uma “escalada insidiosa” contra o povo palestino, caracterizando as ações israelenses como uma estratégia para minar qualquer acordo de paz.
Apelos da ONU por responsabilidades
Em meio a este clima de hostilidade, as Nações Unidas emitiram um apelo claro a Israel para o respeito às normas do direito internacional humanitário. O Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos enfatizou que Telaviv “é responsável por quaisquer violações”, enquanto o secretário-geral António Guterres condenou veementemente os ataques aéreos que resultaram em perdas civis, especialmente entre crianças.
Diplomacia entre EUA e China
Na cena internacional, a diplomacia continua, com Trump afirmando que “a Faixa retornou a uma trégua”. Durante uma recente reunião com Xi Jinping, o presidente dos EUA destacou os esforços que estão sendo feitos para restaurar a paz na região, recebendo elogios do líder chinês pela busca de um acordo.
O papel reivindicado pelo governo palestino em Gaza
Dentro deste cenário, o governo palestino, liderado pelo primeiro-ministro Mohammed Mustafa, expressa sua intenção de reassumir o controle na Faixa de Gaza. A autoridade palestina, com o auxílio de mediadores como o Catar, afirmou que “o Hamas está disposto a abrir mão do controle da Faixa”, sugerindo um possível caminho para a estabilidade.
A elevada tensão na região e as recentes tensões de segurança ressaltam a fragilidade de um cessar-fogo que, embora anunciado, enfrenta desafios significativos por parte das autoridades envolvidas. A comunidade internacional observa atentamente, esperando que a diplomacia prevaleça sobre a violência, permitindo um futuro pacífico para todos os cidadãos da Faixa de Gaza.


