Brasil, 30 de outubro de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Argentina declara alerta máximo na fronteira com o Brasil

Governo argentino reforça segurança na fronteira após operação contra o Comando Vermelho no Brasil.

Aumento da tensão entre Argentina e Brasil gerou um alerta máximo nas fronteiras do país vizinho. O governo argentino decidiu adotar medidas rigorosas devido à recente Operação Contenção que teve como alvo o Comando Vermelho no Rio de Janeiro. A ministra da Segurança, Patricia Bullrich, anunciou a ativação deste nível de alerta para impedir a travessia de possíveis integrantes de grupos criminosos.

Ações imediatas nas fronteiras

Durante uma coletiva de imprensa realizada na Casa Rosada, Bullrich destacou que as organizações Comando Vermelho e Primeiro Comando da Capital (PCC) foram classificadas como grupos terroristas, uma definição que envolve a estratégia de combate a esses grupos em toda a América Latina.

“Vou emitir o alerta máximo nas fronteiras para que não haja nenhuma travessia ao território argentino por parte daqueles que, evidentemente, estejam se deslocando do centro do conflito no Rio de Janeiro,” afirmou Bullrich.

Além do alerta, a ministra solicitou ao Ministério da Defesa o reforço nas operações de vigilância, aplicando a teoria da “debandada”, onde indivíduos de organizações criminosas tentam fugir em busca de refúgio em regiões vizinhas quando cercados pelas forças de segurança. Em sua fala, Bullrich enfatizou que os turistas brasileiros não devem ser confundidos com membros de organizações criminosas.

Operação militar e reforço na segurança

O governo argentino não está medindo esforços para garantir a segurança. A estratégia inclui o envio de tropas e equipamentos militares à província de Misiones, local que faz fronteira com os estados brasileiros de Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Segundo o ministro da Defesa, Luis Petri, a operação conta com o apoio de tropas, carros blindados, caminhões militares e helicópteros, que atuarão em tarefas de vigilância, apoio logístico e ciberdefesa, entre outras funções.

Petri também destacou a importância dessa ação: “Para nós, é muito importante defender os argentinos, considerando a ‘debandada’ à qual se refere a ministra de Segurança. São narcoterroristas com poder de fogo militar, utilizando drones armados”, explicou.

O contexto da criminalidade na fronteira

A situação na fronteira Argentina-Brasil se torna ainda mais alarmante com a declaração de organizações como o Comando Vermelho e o PCC como terroristas. Bullrich informou que, atualmente, há 39 brasileiros detidos na Argentina, sendo que cinco pertencem ao Comando Vermelho e cerca de sete ou oito ao PCC. “Temos um controle muito estrito sobre esses presos”, afirmou, enfatizando a dupla preocupação com a segurança nacional e o tráfego de drogas.

A ministra criticou a situação das penitenciárias brasileiras, onde traficantes supostamente controlam a ordem, e prometeu uma abordagem firme contra essas organizações. Bullrich também mencionou a recente prisão de brasileiros vinculados ao grupo extremista libanês Hezbollah, o que reforça a interconexão entre o tráfico de drogas e o terrorismo.

Colaboração internacional e sanções

Recentemente, a Argentina passou a classificar organizações criminosas como terroristas, um movimento que está em linha com ações tomadas por outros países da região. Essa classificação permite a aplicação de sanções financeiras e restrições operacionais que visam limitar as atividades dessas organizações. Patricia Bullrich também solicitou reforço da colaboração internacional, em especial com o Brasil e o Paraguai, para troca de informações e para operações conjuntas.

No passado recente, em agosto, a Argentina já havia declarado o venezuelano Cartel dos Sóis como organização terrorista, um ato que foi em sintonia com decisões tomadas pelos Estados Unidos. A eficácia desse robusto sistema de reconhecimento de ameaças e a cooperação internacional serão essenciais para enfrentar essa crescente criminalidade na região.

À medida que as operações de segurança se intensificam, cidadãos, turistas e autoridades locais devem manter vigilância e colaboração, para garantir não apenas a segurança na fronteira, mas também a integridade de todos os que cruzam as passagens. “Leia mais reportagens como esta na RFI, parceira do Metrópoles.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes