Brasil, 29 de outubro de 2025
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Transferência de líderes do Comando Vermelho é iminente após megaoperação no Rio

Após megaoperação da polícia, governo planeja transferir chefes do CV para presídios federais, buscando conter sua influência.

Nos próximos dias, os dez integrantes da cúpula do Comando Vermelho (CV), que tiveram papel crucial na formação de barricadas e interdições em várias ruas do Rio de Janeiro, estão prestes a ser transferidos para presídios federais. A decisão vem após ações repressivas implementadas pelas autoridades locais, em resposta à insurgência da facção durante uma grande operação na última terça-feira. De acordo com informações do governo estadual, os pedidos para as transferências já foram realizados e aguardam a aprovação da Vara de Execuções Penais do Rio, um processo que se espera concretize-se ainda nesta quarta-feira (29).

A megaoperação e seus desdobramentos

A recente operação policial, que contou com a mobilização de 2,5 mil policiais e promotores do Gaeco, visou desmantelar a estrutura de comando do Comando Vermelho, particularmente nos complexos do Alemão e da Penha. Nas fotos divulgadas, é possível ver os membros da facção autodenominados de “comissão” na galeria B7 de Bangu 3, onde permaneceram mesmo após o anúncio da transferência. Em destaque, Marco Antonio Pereira Firmino, conhecido como My Thor, é um dos principais líderes do grupo e está preso há quase 20 anos, depois de duas condenações anteriores.

A importância de My Thor no CV

Considerado uma peça fundamental na hierarquia do Comando Vermelho, My Thor foi alvo de operações anteriores que tentaram desarticular o tráfico de drogas durante seu encarceramento. Recentemente, ele foi implicado em um esquema de tráfico entre São Paulo e o Rio de Janeiro, onde dez celulares foram apreendidos dentro de sua cela, indicando que mesmo dentro da prisão sua influência era mantida.

Enquanto isso, a polícia fluminense rastreou que as ordens para as barricadas, utilizadas para interromper o tráfego em várias áreas do Rio, estavam vindo diretamente de Bangu 3, mostrando a continuidade do controle do CV, mesmo sob custódia.

O que se espera com a transferência

A transferência dos membros do CV para presídios federais é uma estratégia do governo para reforçar o isolamento desses líderes, evitando que continuem a liderar as operações criminosas do exterior das prisões. Os planos indicam que My Thor e outros líderes, como Alexandre de Jesus Carlos, conhecido como Choque, sejam distribuídos em diferentes unidades prisionais, uma medida considerada crucial para desarticular a organização.

Quem está sendo transferido?

Além de My Thor e Choque, outros membros de alta relevância no Comando Vermelho estão na lista de transferência, incluindo Wagner Teixeira Carlos, conhecido como Waguinho de Cabo Frio; Rian Maurício Tavares Mota, o Da Marinha, que é indicado como operador de drones da facção; e Roberto de Souza Brito, conhecido como Irmão Metralha. A intenção é que essa separação diminua a capacidade da facção de coordenar ações de dentro da prisão.

Os advogados desses detentos, ao longo dos anos, tentaram argumentar sobre a possibilidade de progressão de pena, mas tais pedidos foram negados pela Justiça, que, com base em relatos da polícia civil, confirmou que mesmo por trás das grades continuavam a dirigir operações ilícitas.

As consequências da operação

A operação não apenas visou a prisão de líderes, mas também resultou na captura de 81 suspeitos e na apreensão de 42 fuzis. Contudo, seu custo foi alto; pelo menos quatro pessoas perderam a vida durante as ações, incluindo dois policiais civis, o que gerou uma onda de atenção e debate sobre a segurança pública e a eficácia das operações contra o crime organizado no Rio de Janeiro.

Além disso, a resposta imediata da população foi de preocupação e alarme, levando ao fechamento de instituições educacionais na região, já que 45 unidades escolares suspenderam as atividades temporariamente, aumentando a sensação de insegurança na cidade.

À medida que o governo e as autoridades de segurança trabalham para controlar a situação, a transferência dos líderes do Comando Vermelho para presídios federais é vista como uma medida necessária, embora desafiadora, no combate ao crime organizado que assola o Rio de Janeiro.

Com esse movimento, o governo fluminense espera não só reduzir a influência da facção nas ruas, mas também enviar uma mensagem de que a lei irá prevalecer diante do crime organizado.

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