Na tarde da última quarta-feira (29), a cidade de São Paulo perdeu mais um trabalhador devido à violência urbana. Marcelo Silveira, um taxista de 57 anos, foi baleado na cabeça durante um assalto a uma farmácia no Morumbi, na Zona Sul da capital. O crime, que chocou a comunidade, foi claramente uma cena de latrocínio — roubo seguido de morte —, e até o momento, os responsáveis continuam foragidos.
O trágico incidente em detalhes
Marcelo foi abordado logo ao entrar no estabelecimento, conforme mostram as imagens de câmeras de segurança. Ele foi empurrado para o fundo da loja por um dos quatro criminosos que invadiram a farmácia armados e de capacete. As imagens revelam que, antes do disparo, o taxista não reagiu à abordagem dos assaltantes, o que torna a situação ainda mais angustiante. Marcelo foi imediatamente socorrido e levado ao Hospital do Campo Limpo, mas infelizmente, não resistiu aos ferimentos e faleceu.
Reação da polícia e investigação
A Polícia Civil de São Paulo está em busca dos criminosos que, de acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), ainda não foram identificados ou presos. As investigações se concentram nas imagens de câmeras da região e testemunhos da equipe da farmácia. A possibilidade de um erro de identidade foi levantada por investigadores, pois a vítima estava vestindo roupas escuras, o que pode ter levado os assaltantes a confundirem-no com um policial.
Na delegacia, o farmacêutico responsável pela loja informou que, durante o assalto, o local estava tranquilo, sem clientes, apenas com quatro funcionários atentos ao monitoramento da loja. Os criminosos, após anunciarem o assalto, partiram rapidamente para coletar produtos como canetas emagrecedoras e itens de perfumaria, enquanto o farmacêutico era forçado a entregar o dinheiro do caixa.
O aumento da violência contra farmácias em São Paulo
O caso de Marcelo Silveira é apenas uma entre muitas ocorrências de assaltos a farmácias na Grande São Paulo, que, segundo dados da produção da TV Globo, já contabiliza ao menos 62 farmácias assaltadas em 2025, representando um aumento alarmante de mais de 400% em comparação ao ano anterior, que teve apenas 12 registros. Desses ataques, 45 ocorreram na capital.
Resposta do setor e medidas para proteção
Diante do aumento preocupante dos crimes, sindicatos do setor farmacêutico têm se mobilizado para promover a segurança dos trabalhadores e empresários. O Sinfar, que representa os farmacêuticos, fez recomendações para que as vítimas registrem boletins de ocorrência e busquem apoio psicológico, médico e jurídico. Por outro lado, o Sincofarma, entidade patronal, destacou que os assaltos podem resultar em perdas anuais de até R$ 12 milhões e alertaram que essa escalada de violência ameaça a operação de pequenas farmácias, além de colocar em risco a segurança de clientes e funcionários.
Além destes casos, a violência também se estendeu a outras regiões de São Paulo. Na mesma noite do assalto que resultou na morte do taxista, policiais militares prenderam um trio suspeito de roubar cerca de R$ 30 mil em medicamentos de alto custo em outra farmácia da Zona Sul, enfatizando a urgência de ações efetivas por parte das forças de segurança e do governo.
Conclusão e apelo por justiça
O falecimento de Marcelo Silveira é um lembrete sombrio do que a violência urbana pode fazer. A dor da perda de um amigo, pai ou irmão é ainda mais aguda quando se considera que ele era um trabalhador honesto. A sociedade espera que as autoridades consigam rapidamente identificar e prender os responsáveis por essa tragédia, ao mesmo tempo em que se questiona o que mais pode ser feito para garantir a segurança de todos os cidadãos em São Paulo.
Os moradores do Morumbi e a comunidade paulista em geral clamam por mais segurança e justiça, enquanto a polícia continua em busca dos criminosos que tiraram a vida de um trabalhador em um dia comum.


