O presidente russo Vladimir Putin revelou que a Rússia realizou testes com o “Poseidon”, um torpedo nuclear que, segundo seus propagandistas, teria a capacidade de engolir a Grã-Bretanha sob uma onda de água radioativa de 500 metros. A declaração foi feita em meio a crescente tensão global e incertezas sobre a segurança internacional.
A nova arma de destruição em massa
A Rússia começou a produção das primeiras ogivas para essa “arma do juízo final” em 2023, com a promessa de que seriam “praticamente indestrutíveis”. Putin destacou que, pela primeira vez, a Rússia conseguiu não apenas lançar o torpedo a partir de um submarino, mas também ativar a unidade de energia nuclear acoplada ao dispositivo, descrevendo essa conquista como um “grande sucesso”. O presidente reiterou que “não há como interceptar” essa nova ameaça.
Apesar das declarações otimistas do Kremlin, analistas ocidentais questionam a veracidade das afirmações. O que é certo, no entanto, é que tanto os EUA quanto representantes russos classificam o Poseidon como uma nova categoria de arma de retaliação, capaz de criar ondas radioativas que tornariam cidades costeiras inabitáveis.

Características do Poseidon
Embora muitos detalhes sobre o Poseidon permaneçam confidenciais, o projeto foi divulgado ao público em 2015, gerando dúvidas sobre sua eficácia e existência real. De acordo com as informações disponíveis, o Poseidon é um torpedo autônomo, movido a energia nuclear, com um comprimento aproximado de 20 metros e capacidade de atingir velocidades de até 185 km/h.
O objetivo da arma é danificar componentes essenciais da economia adversária em áreas costeiras e causar danos inaceitáveis ao território de um país, criando áreas de contaminação radioativa que inviabilizariam atividades militares e econômicas por longos períodos.
Além disso, o Poseidon pode ser programado para navegar autonomamente, com potencial para ser redirecionado remotamente, acrescentando uma camada de complexidade e perigo às suas já alarmantes capacidades. Essa arma está sendo vista como um modo de retaliação contra movimentos dos EUA em aumentar sua defesa antimísseis após a retirada dos EUA do Tratado de Mísseis Antibalísticos em 2001.
Reações internacionais
Enquanto Putin celebra o progresso da tecnologia militar russa, a comunidade internacional observa com preocupação. Os testes do novo torpedo ocorreram na mesma semana em que Putin também supervisionou um exercício nuclear, ressaltando a séria natureza das ameaças que a Rússia sente que enfrenta no cenário global. As tensões entre a Rússia e os Estados Unidos, bem como a NATO, continuam a escalar, levantando questões sobre a segurança de todos os países envolvidos.
O retorno a uma era de armas nucleares ultramodernas e a retórica agressiva evidencia um campo de batalha moral e ético, onde a possibilidade de uma guerra nuclear se torna mais real a cada dia. A atual situação é um alerta de que precisamos de um diálogo construtivo e pacífico para evitar cenários catastróficos que poderiam ocorrer caso armamentos de destruição em massa sejam utilizados.
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