Em uma conversa exclusiva, o lendário R.L. Stine compartilhou detalhes sobre sua trajetória, o processo criativo dos livros e as lembranças de sua obra que marcou gerações. Com mais de três décadas de sucesso, “Goosebumps” continua a encantar e assustar leitores de todas as idades, especialmente nesta época próxima ao Halloween.
O segredo do sucesso: títulos e arte marcante
Stine revelou que seu método de criação mudou pouco ao longo dos anos. “Hoje, eu começo pensando em um título forte, que me leva à história”, disse. Sua mais recente obra, “The Last Sleepover”, nasceu dessa técnica peculiar. Além disso, destacou a importância das ilustrações de Tim Jacobus, que capturam com humor e medo a essência da série. “A capa de ‘The Barking Ghost’ é uma das minhas favoritas, mesmo sendo o livro menos favorito”, comentou com bom humor.
O equilíbrio entre o assustador e o divertido
Questionado sobre a dificuldade de manter o equilíbrio entre humor e terror, Stine explicou que a fórmula ideal é encontrar o meio-termo. “Nosso maior desafio é não tornar o horror ridículo ou o humor monótono”, afirmou. Ele destacou que chamou a atenção para o fator humor em livros como “Stay Out of the Basement” e “Egg Monsters From Mars”.
Livros subestimados e momentos inesquecíveis
Entre suas obras favoritas, Stine mencionou “Brain Juice”, de “Goosebumps 2000”, uma história pouco lembrada pelos fãs. “É sobre crianças que bebem um líquido roxo que as torna superinteligentes, mas perdem os amigos e são sequestradas por alienígenas”, explicou. Sobre a adaptação televisiva, ele revelou que a estreia na TV dos anos 90 foi uma experiência especial, mesmo com efeitos modestos. “Ver minhas histórias ganharem vida foi emocionante, especialmente o episódio de ‘The Haunted Mask'”.
As origens assustadoras de “The Haunted Mask”
R.L. Stine contou que a ideia do livro surgiu de uma experiência real com seu filho. “Ele tentou colocar uma máscara de Frankenstein e não conseguiu tirá-la. Na hora, pensei: isso dá um ótimo enredo”. O sucesso da máscara assombrada, que até hoje encanta os fãs, reflete a conexão entre suas experiências familiares e a ficção.
Cliffhangers e estratégias de escrita
Stine admite que os finais de capítulos com “ganchos” continuam sendo seu truque preferido. “Eles estimulam a leitura, fazendo os jovens querem saber o que acontece a seguir”, afirmou, reforçando sua técnica de planejar detalhadamente cada história antes de escrevê-la. Sua habilidade em criar surpresas mantém o suspense vivo até hoje.
Histórias favoritas e a popularidade de Slappy
O livro “The Ghost Next Door” foi destacado por seu impacto emocional, com um final marcante que, segundo Stine, ele tentou esconder até do leitor. Em relação a “Night of the Living Dummy”, o autor admitiu que nunca previu o sucesso de Slappy, o boneco que virou um ícone do horror infantil. “Ele não faz sentido para mim, mas o público adora”, constatou.
Campings assustadores e projetos atuais
Apesar de nunca ter ido a um acampamento, Stine escreveu diversos livros com o tema, baseando-se em experiências pessoais e medos. Sua atual rotina é agitada, com próximo lançamento de “What We Do at Night” e uma série de contos chamada “Stinetinglers”.
O legado de “Goosebumps” e a conexão com os fãs
Encerrando a entrevista, o autor expressou satisfação em ver novas gerações de leitores descobrindo suas histórias. “Receber cartas de fãs que dizem que meus livros fizeram parte da infância deles é uma sensação incrível”. Com um sucesso que atravessa décadas, R.L. Stine permanece uma referência no universo do horror infantil e juvenil.


