A Petrobras iniciou nesta quarta-feira (29) a perfuração do seu primeiro poço exploratório na Bacia da Foz do Amazonas, na Margem Equatorial, após a concessão da licença pelo Ibama em 20 de outubro. A operação, que deve durar cinco meses, marca uma nova etapa na exploração de petróleo na região.
Perfuração na Foz do Amazonas e detalhes técnicos
Sylvia dos Anjos, diretora de Exploração da Petrobras, destacou que a perfuração começou às 17h52 daquele dia, após a liberação oficial. Ela acompanhou o processo ao vivo, que, segundo ela, foi marcado por grande esperança e entusiasmo na equipe. “No dia em que a licença saiu, a sala que acompanha a atividade lotou. Quando a broca enroscou no fundo, foi uma festa. Parecia que tínhamos ganho a Copa do Mundo”, afirmou Sylvia durante palestra na Offshore Technology Conference (OTC), maior feira de petróleo e gás da América Latina.
A profundidade total do poço está estimada em 7.081 metros, sendo 2.880 metros de água. O tipo de rocha do reservatório, de acordo com Sylvia, é semelhante ao da Bacia de Campos. Ela reforçou a importância da nova fronteira de exploração, ressaltando que são cinco bacias na Margem Equatorial e que há grande potencial na região.
Perspectivas de exploração na região
Segundo Sylvia, a Petrobras possui atualmente 30 blocos na Margem Equatorial, com destaque para a Bacia da Foz do Amazonas, onde há planos para oito poços distribuídos em seis blocos. Ela afirmou que, após a perfuração de oito poços, será possível avaliar de forma mais precisa o potencial exploratório da área.
“Vamos perfurar esse poço por cinco meses. É essencial ter novas fronteiras. A Margem é a nossa grande fronteira. São cinco bacias. Vemos uma esperança muito grande na região”, afirmou Sylvia. Ela também destacou que a expectativa é que, após a análise do potencial por parte do Ibama e do Ministério do Meio Ambiente, os resultados possam abrir caminho para futuras explorações na área.
Desenvolvimento e futuras ações
Atualmente, a Petrobras já perfura dois poços na Bacia Potiguar, também na Margem Equatorial, que dependem de atividades sísmicas adicionais para comprovar seu potencial. A diretora reforçou que a operação na Foz do Amazonas, além de revelar um potencial promissor, representa uma estratégia de diversificação na exploração offshore da companhia.
“Temos recurso, vontade e compatibilidade com os blocos. Levamos mais blocos ao leilão passado, incluindo dez com a Exxon, e acreditamos que há um grande potencial na região do Amapá”, complementou Sylvia.
A atividade na Bacia da Foz do Amazonas reforça o compromisso da Petrobras de ampliar sua presença em novas fronteiras de exploração, mesmo diante do cenário de preços em queda no petróleo, que, segundo o presidente da estatal, cria desafios econômicos para o setor.
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