O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, decidiu não permitir que militares com barba participem de um evento nesta semana em Camp Humphreys, na Coreia do Sul. A restrição foi comunicada por um e-mail supostamente enviado à 51ª Ala de Caças em Osan Air Base e divulgado em uma página não oficial do Facebook da Força Aérea.
Regras rígidas para aparência dos militares
Segundo o comunicado, militares com “autorização para barbear” (shaving waivers) não estão autorizados a comparecer ao encontro. O episódio ocorre enquanto Hegseth realiza uma turnê na Ásia, incluindo Japão, Vietnã e Malásia, para reforçar o foco dos EUA na região do Indo-Pacífico, conforme divulgado pelo Pentágono.
Até o momento, nem o Departamento de Defesa nem a Força Aérea dos EUA comentaram publicamente sobre a decisão ou o motivo do veto às tropas barbudas.
Contexto da postura controversa de Hegseth
Este episódio ocorre após declarações polêmicas do próprio secretário, que recentemente anunciou “Fim dos barbudos” durante um discurso em uma reunião de altos comandantes militares na base de Quantico, na Virgínia.
Discursos sobre estética e individualidade
Pelo seu discurso, Hegseth afirmou que o pessoal militar deve abandonar “expressões superficiais de individualidade”, como barba e cabelo longo. Ele sugeriu que apenas membros das forças especiais poderiam manter esse estilo, descartando a liberdade de expressão no ambiente militar.
“Se você quer ter barba, pode ingressar nas forças especiais. Se não, deve fazer a barba”, declarou. A postura dele também incluiu críticas à cultura “woke” dentro das forças armadas, além de criticar generais considerados gordos ou desleixados.
Reações e opiniões
Especialistas e veteranos militares veem a atitude como exagerada e bizarra, observando que regras de aparência variam e muitas vezes refletem tradições e utilidade prática, e não apenas estética. A decisão de veto às tropas com barba demonstra uma postura rígida e pouco comum na relação entre líderes militares e soldados.
Próximos passos e impacto
Analistas afirmam que tais medidas podem gerar descontentamento entre os militares, além de reforçar uma imagem de comando pouco flexível. A iniciativa também revela um clima de polarização e controle obsessivo sobre a aparência dos soldados.
Ainda não há previsão de mudanças na política de aparência adotada por Hegseth, que parece seguir uma linha de endurecimento na disciplina militar nesta administração.
