O documentário “Mulheres Entrelaçadas: entre vozes que ecoam”, produzido por professores e pesquisadores da Universidade Federal do Piauí (UFPI), vem ganhando destaque no circuito audiovisual nacional. A obra participou da Mostra Território Mandu do Festival de Cinema do Museu do Mar, concorre na 19ª edição do Encontro Nacional de Cinema e Vídeo dos Sertões, que acontece em novembro, e foi selecionada para a 10ª edição do Festival Internacional de Cinema Socioambiental Planeta.doc. O reconhecimento reforça o papel da UFPI como produtora de conhecimento, arte e inclusão social.
Gravado no Centro Maria Imaculada, em Teresina, o curta conpartilha as histórias de mulheres que viveram a experiência da hanseníase e encontraram na escuta, na fé e na força coletiva caminhos para reconstruir suas vidas. O filme revela histórias reais de dor, superação e resistência, traçando um retrato profundo sobre o impacto do estigma e da exclusão — e sobre a potência do afeto e da solidariedade como formas de cura.
Produzido no âmbito do projeto “Construção de Mapas de Evidências para Doenças de Determinação Social”, financiado pelo CNPq e pelo Ministério da Saúde, em parceria com o Departamento de Ciência e Tecnologia e o Complexo da Saúde, o documentário nasceu do encontro entre ciência, arte e saúde pública. A iniciativa é coordenada pela equipe do Centro de Inteligência em Agravos Tropicais, Emergentes e Negligenciados (CIATEN/UFPI) e busca a Incorporação de evidências científicas em políticas públicas de saúde além de sensibilizar a sociedade para o enfrentamento das Doenças de Determinação Social (DDS), especialmente a hanseníase — uma enfermidade curável, mas ainda cercada de preconceitos.
Mais do que resgatar memórias, “Mulheres Entrelaçadas” reafirma o direito de existir com dignidade e respeito. As personagens mostram que o acolhimento, o cuidado e o reconhecimento público são partes fundamentais do processo de cura e de reconstrução social. O filme se transforma em um gesto de reparação simbólica e um convite à empatia.
“Este documentário é um gesto de escuta e reparação. As vozes dessas mulheres revelam não apenas a história da hanseníase, mas também a força da resistência feminina diante da desigualdade e da invisibilidade social”, afirma o professor Fábio Solon, um dos realizadores.
O curta-metragem foi gravado em Teresina, com roteiro de Fábio Solon e produção de Alisson Carvalho, Geanne Vieira e da equipe do Centro de Inteligência em Agravos Tropicais, Emergentes e Negligenciados (CIATEN/UFPI). A produção executiva é assinada por Fábio Solon, Olívia Dias e Bruno Guedes, que também coordena o projeto. O filme contou com financiamento do Ministério da Saúde e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), além do apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (FAPEPI), do Governo do Estado do Piauí e da Universidade Federal do Piauí (UFPI).
A produção reafirma o compromisso da UFPI com a promoção da saúde, da ciência e da inclusão social, mostrando que a arte pode ser um instrumento poderoso de transformação e de afirmação dos direitos humanos.
A equipe convida professoras, estudantes, comunicadores e gestores públicos ao debate sobre o estigma, a resistência feminina e o poder da arte como instrumento de cidadania.
Fonte: Ascom




