Brasil, 30 de outubro de 2025
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Marcelo Freixo critica megaoperação no Rio como chacina eleitoral

O presidente da Embratur, Marcelo Freixo, classifica megaoperação no Rio de Janeiro como chacina com viés eleitoral e cobra ações efetivas.

O presidente da Embratur e ex-deputado federal Marcelo Freixo (PT-RJ) não ficou calado diante da recente megaoperação realizada pelas polícias do Rio de Janeiro nos complexos do Alemão e da Penha, que resultou em um trágico saldo de ao menos 119 mortos, de acordo com o governo estadual. Em pronunciamento nesta quarta-feira (29/10), Freixo descreveu a ação policial como uma “chacina com viés eleitoral”.

A crítica ao governador

Durante a cerimônia de posse do novo ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos (PSol-SP), no Palácio do Planalto, Freixo não poupou críticas ao governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL). “Essa é uma chacina que tem um viés eleitoral muito forte. O governador mente quando diz que o Governo Federal não auxilia”, afirmou Freixo.

“Qual o benefício que o Rio de Janeiro teve com essa chacina eleitoral? Qual o benefício? Melhorou o emprego? A população está se sentindo mais segura? Diminuiu o poder do tráfico? Nenhuma consequência positiva pode ser mencionada”, questionou o ex-deputado.

Consequências da operação

A operação policial gerou intensos debates e uma série de questionamentos sobre suas consequências e eficácia. Freixo ressaltou que a insegurança e a violência permanecem como problemas crônicos enfrentados pela população. Ele pediu que os governantes apresentassem resultados tangíveis em consequência de ações tão drásticas.

Além das críticas à operação, Freixo também se manifestou sobre a postura do Governo Federal, afirmando que as responsabilizações de ações dessa magnitude devem ser compartilhadas. A declaração se dá em um momento em que a relação entre o governo federal e o estadual enfrenta desafios significativos.

O apoio do Governo Federal

Freixo ainda rebateu críticas que apontaram para uma suposta “omissão” do governo federal, em resposta ao diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues. Em declaração, Rodrigues afirmou que a Superintendência da PF no Rio foi consultada sobre a megaoperação, mas avaliou que a ação não era “razoável” e decidiu não participar.

“A polícia federal não tem responsabilidade sobre a operação. Inclusive, não quis participar por não concordar com o modelo. Isso é um desastre”, finalizou Freixo.

A Proposta de Emenda à Constituição

Em meio a este cenário, Freixo cobrou que o governador Castro apoie a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública, que já havia recebido resistência do atual governo estadual. A PEC propõe uma centralização das diretrizes de combate ao crime na União e no Conselho Nacional de Segurança Pública, um tema que tem gerado polêmica e divergências entre diferentes esferas do poder.

Com um histórico de descontentamento com a situação da segurança pública no Rio de Janeiro, Freixo destaca a necessidade de um novo modelo de ação que contemple a segurança da população sem levar à perda de vidas. A dúvida generalizada sobre a eficácia das operações policiais e a gestão da segurança no estado se intensificam, colocando em evidência a urgência de um debate público mais amplo e comprometido com soluções reais.

O clamor por uma reavaliação das práticas de segurança pública vem ganhando força, e o diálogo entre federal e estadual se torna imprescindível para construir um novo capítulo na segurança dos cariocas.

Com os recentes eventos em mente, é evidente que a busca por uma solução definitiva para os problemas de violência no Rio de Janeiro passa pela responsabilização adequada e integração de esforços entre governo, autoridades policiais e a população civil.

Imagens da megaoperação no Rio de Janeiro

A situação, como sempre complexa, exige um olhar crítico e renovado sobre as estratégias de segurança do estado, reconhecendo o valor inestimável da vida humana e a responsabilidade de todos os envolvidos nesse dilema social.

Freixo, derrotado por Cláudio Castro nas eleições de 2022, continua a ser uma voz atuante e uma referência na luta por reformulações que coloquem a segurança da população em primeiro lugar.

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