Brasil, 30 de outubro de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Lula critica ação policial que deixou 119 mortos no Rio

Após a megaoperação contra o Comando Vermelho, presidente pede trabalho coordenado para combater o crime organizado.

O recente desdobramento da megaoperação realizada pelas forças de segurança no Rio de Janeiro, que resultou em pelo menos 119 mortos, incluindo quatro policiais, gerou intensos debates sobre a eficácia das estratégias de combate ao crime organizado. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se manifestou nesta quarta-feira, enfatizando a necessidade de um esforço conjunto para enfrentar a criminalidade sem comprometer a segurança da população inocente.

O clamor de Lula contra o crime organizado

Em suas declarações, Lula afirmou que “não podemos aceitar que o crime organizado continue destruindo famílias, oprimindo moradores e espalhando drogas e violência”. Ele destacou a importância de um “trabalho coordenado” que atinja a “espinha dorsal do tráfico” e assegurou que isso deve ser feito sem colocar em risco a vida de policiais e cidadãos. O presidente utilizou suas redes sociais para expressar essa visão, reforçando que a integridade das famílias deve ser uma prioridade nas ações contra o crime.

A integração entre as forças

O presidente também defendeu a colaboração estreita entre os governos federal e estadual no combate à criminalidade. Durante sua fala, ele se referiu à Operação Carbono Oculto, que teve como objetivo desarticular a infiltração do PCC (Primeiro Comando da Capital) no setor de combustíveis, como um exemplo de sucesso da parceria entre a Polícia Federal e as forças de segurança de São Paulo. “Com a aprovação da PEC da Segurança, garantiremos que diferentes forças policiais atuem de maneira conjunta no enfrentamento às facções criminosas”, destacou.

Criação de Escritório de Combate ao Crime Organizado

Após um encontro no Rio, o governador Cláudio Castro e o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, anunciaram a criação de um Escritório de Combate ao Crime Organizado. A iniciativa visa eliminar barreiras entre os governos federal e estadual para integrar esforços na luta contra o crime. O escritório será liderado pelos secretários de Segurança Pública do Rio e do nível federal, e terá como objetivo aumentar as ações de inteligência da Polícia Federal e o recrutamento de peritos criminais da União.

A crítica ao planejamento da operação

Enquanto o governo federal delineia novas estratégias de combate ao crime, também surgiram críticas sobre o planejamento da recente operação no Rio. A ministra Gleisi Hoffmann, em declarações à GloboNews, revelou que houve um aviso da inteligência da Polícia Militar ao setor federal, mas não se tratava de um “pedido de ajuda institucional”. Segundo ela, a Polícia Federal foi informada da operação apenas no momento em que ela já estava sendo realizada.

Gleis também comentou que a PF do Rio optou por não participar da operação, após uma avaliação de que não caberia sua atuação em um contexto tão complexo. O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos Rodrigues, confirmou que houve uma consulta da PM sobre a participação da PF, mas que a operação não se alinhava com as atribuições da corporação.

Consequências da operação

A operação, que ficou marcada por um alto número de mortes, gerou uma crise de segurança que acirrou as tensões políticas entre a administração de Cláudio Castro e o governo federal. O governador reclamou de falta de cooperação no combate ao crime organizado e mencionou que pedidos de apoio militar foram negados pela administração federal, embora houvesse a presença da Força Nacional em ações anteriores.

As declarações do presidente Lula e do governador Castro ressaltam a urgente necessidade de diálogo e colaboração entre os níveis de governo, especialmente em operações de grande escala que envolvem questões de segurança pública. A insistência de Lula em um trabalho coordenado pode ser interpretada como um chamado à reflexão sobre as estratégias a serem adotadas para efetivamente conter a violência e resgatar a paz nas comunidades afetadas pelo crime organizado.

Com a criação do Escritório de Combate ao Crime Organizado e as potências discutidas entre os governantes, espera-se que novas diretrizes sejam implementadas, visando um combate mais eficiente e humano ao crime no Brasil.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes