Brasil, 30 de outubro de 2025
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Lula cobra ação coordenada contra facções criminosas no Rio

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva se manifesta sobre a letal megaoperação contra o Comando Vermelho, que deixou 119 mortos.

Na noite desta quarta-feira (29/10), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez sua primeira declaração oficial sobre a megaoperação policial contra o Comando Vermelho (CV), realizada nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro. A ação, considerada a mais letal da história do estado e do século 21 no Brasil, resultou na morte de 119 pessoas. Em um post nas redes sociais, Lula expressou a necessidade de um esforço coordenado para enfrentar o tráfico de drogas, sem colocar em risco a vida de inocentes.

O clamor por ações seguras

“Precisamos de um trabalho coordenado que atinja a espinha dorsal do tráfico sem colocar policiais, crianças e famílias inocentes em risco. Foi exatamente o que fizemos em agosto na maior operação contra o crime organizado da história do país, que chegou ao coração financeiro de uma grande quadrilha envolvida em venda de drogas, adulteração de combustível e lavagem de dinheiro”, declarou o presidente Lula.

Lula salientou que a continuidade da atuação do crime organizado é inaceitável, pois destrói famílias e oprime comunidades, disseminando drogas e violência. Sua declaração surge em um momento tenso, onde o número de mortes superou até o massacre do Carandiru, que ocorreu em 1992 e que, por muito tempo, foi considerado o mais trágico episódio de violência policial no Brasil.

A resposta do governo

No mesmo comunicado, o presidente mencionou a reunião que convocou na manhã de quarta-feira no Palácio da Alvorada. Durante esse encontro, Lula determinou que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, viajassem ao Rio de Janeiro para se encontrarem com o governador do estado, Cláudio Castro (PL).

Essa reunião impactou a criação de um escritório emergencial destinado ao combate ao crime organizado. Conforme mencionado por Lewandowski, esse novo escritório funcionará como um fórum de diálogo, onde decisões estratégicas serão tomadas rapidamente, de modo a melhorar a coordenação de esforços contra a criminalidade.

PEC da Segurança Pública em pauta

Lula também fez referência à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública, que visa garantir que as várias forças policiais do Brasil atuem em conjunto contra as facções criminosas. Ele afirmou que o governo está comprometido em promover uma atuação mais integrada. A proposta pretende centralizar as diretrizes de combate ao crime na União e no Conselho Nacional de Segurança Pública.

Apesar do apoio de alguns setores, a PEC enfrenta resistência de diversos governadores, incluindo o do Rio de Janeiro. A proposta tramita no Congresso e já foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados desde 15 de julho.

A declaração de Lula e as repercussões

Abaixo, a declaração completa de Lula sobre a situação:

A postura do presidente Lula evidencia um esforço por uma abordagem mais colaborativa no combate à criminalidade, alvo de críticas frequentes pela falta de coordenação. Enquanto a população clama por segurança, o governo busca soluções que equilibrem ações efetivas com a proteção dos civis.

A situação no Rio de Janeiro continua sendo um tema sensível e complexo, exigindo uma abordagem cuidadosa e eficiente para minimizar os impactos da violência nas comunidades locais.

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