A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) identificou um homem como sendo o “serial killer de Planaltina”, com ligações a crimes nos estados do Distrito Federal e Goiás. Joaquim Damaceno Silva, de 47 anos, é suspeito de estar envolvido em ao menos três homicídios ocorridos entre 2018 e 2020. O caso ganhou destaque após a prisão temporária de Joaquim, que já durava desde agosto por conta da morte de Ray Ribeiro dos Santos, encontrada carbonizada em 2020.
Investigações e prisões
As investigações relacionadas ao caso foram lideradas pela Coordenação de Repressão a Homicídios e de Proteção à Pessoa (CHPP) da PCDF. Nesta terça-feira (28), a prisão temporária de Joaquim foi convertida em prisão preventiva, e ele foi transferido para o Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. O crime de Ray Ribeiro ocorreu após um desentendimento no bar onde Joaquim trabalhava; o desentendimento se deu porque Ray estava bêbado e atrapalhava o jogo de sinuca.
O crime brutal contra Ray Ribeiro dos Santos
Após a briga, Joaquim, junto com um comparsa, atacou Ray com várias facadas. Em seguida, eles transportaram o corpo da vítima até o Córrego do Arrozal e o queimaram. Para não deixar vestígios, retornaram ao bar e limparam o local. A PCDF indiciou Joaquim e seu comparsa pelo homicídio duplamente qualificado e pela ocultação de cadáver.
Outros homicídios atribuídos a Joaquim
Durante as investigações, mais dois homicídios foram associados a Joaquim, revelando um padrão de crimes que envolvem ciúmes e violência extrema. Um dos crimes, ocorrido em Sobradinho em 2018, foi motivado por ciúmes em relação à esposa do suspeito. A vítima, também conhecida no bar, acabou sendo atacada quando Joaquim se ofereceu para levá-la para casa. Em uma área isolada, ele desferiu várias facadas, deixando o corpo no local e fazendo a família da vítima registrar um desaparecimento.
Confissão de crimes
Joaquim chegou a confessar esse crime à polícia e foi indiciado por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. O terceiro homicídio atribuído a Joaquim ocorreu este ano em Planaltina de Goiás, onde ele atacou um homem de 30 anos com um golpe de “podão”, uma ferramenta de jardinagem. O motivo, segundo a polícia, também foi um ataque de ciúmes, relacionado ao comportamento da vítima, que costumava beber e andar nu dentro de casa.
Consequências e pena esperada
Após cometer o crime, a vítima ainda conseguiu correr e pedir socorro, mas acabou falecendo sob uma cerca de arame farpado. Joaquim agora pode enfrentar penas de 20 a 40 anos de reclusão para cada homicídio e de um a três anos de prisão para a ocultação de cadáver.
As revelações sobre os crimes de Joaquim têm gerado uma onda de choque na comunidade local, que se vê diante da brutalidade dessas ações. As investigações continuam, e a PCDF está atenta a novos desdobramentos que possam surgir. A sociedade aguarda justiça para as vítimas e esperança de que casos como este não se repitam.
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