O ministro Fernando Haddad fez um apelo ao governador Cláudio Castro para que se inteire sobre a crise envolvendo combustíveis no Rio de Janeiro. Haddad destacou a necessidade de atuação conjunta para combater o crime organizado que atua nas sombras, muitas vezes fora do alcance das forças policiais.
Apelo à cooperação e à inteligência policial no combate ao crime
Em declaração, Haddad afirmou que solicitou à procuradora-geral da Fazenda Nacional, Anelize Lenzi Ruas de Almeida, que informe o governador sobre a situação no estado, reforçando a importância de ações coordenadas. “O governador tem a ganhar em vários aspectos”, ressaltou o ministro, indicando que uma atuação conjunta é fundamental para interromper o ciclo destrutivo do crime organizado.
Crimes relacionados à fraude na distribuição de combustíveis
Haddad mencionou a apreensão de quatro navios com cargas de combustível, ocorrida há pouco mais de um mês, decorrente de fraudes envolvendo o destino do combustível e o conteúdo das cargas. Segundo o ministro, o esforço na captura dessas cargas é parte de uma estratégia mais ampla de combate às atividades ilegais no setor.
Necessidade de cooperação federal e estadual
“Não pode a Receita Federal, a Polícia Federal e a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional agir de forma isolada, enquanto o governo estadual permanece alheio à situação”, afirmou Haddad. Ele reforçou que a atuação em todo o território nacional continua forte, citando a maior apreensão de combustível na história da Receita Federal, de 200 milhões de litros.
Desafios na luta contra o crime organizado
Haddad destacou que o combate ao crime exige ações no topo da cadeia, ressaltando a importância de uma cooperação federativa eficiente. “Precisamos agir no andar de cima, pois enquanto as atividades ilícitas continuam, a roda do crime gira, e novas tragédias podem acontecer nas comunidades”, alertou.
Perspectivas futuras
O ministro finalizou reafirmando o compromisso de ampliar a cooperação entre os diferentes órgãos e reforçou a importância de a gestão estadual estar alinhada às ações federais. Segundo ele, somente com união entre todas as esferas será possível interromper o ciclo de criminalidade e reduzir os impactos sociais, ambientais e econômicos dessa crise.


