O novo ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos (PSol-SP), toma posse nesta quarta-feira (29) em uma cerimônia no Palácio do Planalto, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Nomeado na semana passada, Boulos já inicia a transição do cargo junto ao ex-titular Márcio Macêdo e começa a promover mudanças significativas na pasta.
Mudanças na Secretaria-Geral
Segundo informações divulgadas pelo Metrópoles, Boulos já demitiu o secretário nacional de Juventude, Ronald Sorriso, e pretende trocar o comando de outras três secretarias: Participação Social; Diálogos Sociais e Articulação de Políticas Públicas; e Relações Político-Sociais. O novo ministro, que é psicanalista e professor, ganhou notoriedade ao liderar o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST).
Expectativas para o futuro
Com a nova função, surge a dúvida sobre uma possível candidatura de Boulos nas eleições de 2026. Se optar por concorrer, ele terá que deixar o cargo até abril do próximo ano. Em 2020, o ministro foi eleito deputado federal com mais de um milhão de votos, sendo o mais votado no estado de São Paulo. A expectativa do governo é utilizar a experiência e a força de mobilização de Boulos para facilitar a reeleição de Lula no próximo ano.
O papel de Boulos no governo
À frente da Secretaria-Geral, Boulos será o responsável pela interlocução do Executivo com movimentos sociais e organizações da sociedade civil. Sua principal missão será mobilizar as bases para a reeleição do presidente Lula. Em recente viagem à Indonésia, Lula confirmou que irá disputar um novo mandato no pleito do ano que vem. Recentemente, Boulos teve um papel central na organização de protestos contra a PEC da Blindagem e o PL da Anistia, que reuniram milhares de pessoas nas ruas.
Colocar o governo na rua
Boulos se prepara para viajar pelo Brasil e se reunir com representantes da sociedade civil para ouvir as demandas. Nas palavras do novo ministro, o objetivo é “colocar o governo na rua”. Isso demonstra um compromisso com a aproximação do Executivo à população, buscando fortalecer a confiança entre o governo e os movimentos sociais, onde a influência de Lula tem diminuído.
Desafios à frente da Secretaria-Geral
Entre os desafios que Boulos enfrentará está a articulação para avançar na proposta que visa abolir a escala de trabalho 6×1 e regulamentar o trabalho por aplicativos. O ministro, conhecido por sua liderança no MTST e sua vasta experiência em militância, terá que trabalhar arduamente para resgatar a credibilidade do governo com os movimentos sociais, especialmente entre os jovens.
Com uma agenda repleta de compromissos e uma missão audaciosa pela frente, Guilherme Boulos assume um papel crucial no governo, que busca não apenas a reeleição do presidente Lula, mas também a transformação de políticas e a aproximação com a sociedade. A esperança é que suas ações sejam impactantes e que a mobilização necessária aconteça de forma a unir os diversos setores da população.
A comunicação e o diálogo com o povo, aliados à sua tradição de ativismo e à sua experiência parlamentar, serão fundamentais para que Boulos cumpra sua missão e ajude a consolidar um governo mais próximo dos anseios da sociedade.
Com essa nova era de liderança, espera-se que o governo possa não apenas reverter a queda na confiança, mas também engajar cada vez mais a juventude e os setores sociais em busca de um futuro mais igualitário e justo para todos.
