A partida entre Fluminense e Ceará, realizada na noite de quarta-feira (29), no Maracanã, em um jogo atrasado da 12ª rodada do Brasileirão, provocou revolta entre parte da torcida do Tricolor das Laranjeiras. A decisão de manter o jogo ocorreu em um momento crítico, com a cidade enfrentando um intenso cenário de guerra após uma mega operação policial. Esse clima gerou descontentamento, levando diversos torcedores a questionar a não suspensão da partida nas redes sociais.
Embora o Fluminense não tenha divulgado a parcial de público, informações de uma página especializada indicaram que aproximadamente 12 mil pessoas haviam adquirido ingressos para o evento. Nas redes sociais, críticas inundaram os perfis do clube, com torcedores expressando sua insatisfação. “Hoje vai ser difícil ter torcida. A CBF não tem responsabilidade nenhuma em manter esse jogo, hoje!”, disse um torcedor. Outro questionou: “Por que não adiaram isso ainda? Que loucura!” e ainda acrescentou: “Prioridade? Então adia esse jogo! Cidade em guerra. Coisa mais sem noção”.
Contexto sobre a operação policial e cancelamento de eventos
Na terça-feira (28), um dia antes da partida, uma operação policial contra o Comando Vermelho nos complexos do Alemão e da Penha resultou na trágica perda de 132 vidas, conforme relatado por fontes de notícias. O Fluminense, em resposta ao clima de insegurança que permeava a cidade, já havia anunciado o cancelamento de um evento programado para sua sede, o Flu Music, que contaria com a apresentação da cantora Paula Toller.
Em nota oficial, o clube justificou a medida por conta do “ambiente de insegurança instalado na cidade do Rio de Janeiro”. A nova data para o show será divulgada em breve, mas a ação evidencia a seriedade da situação vivida na cidade.
Esquema de segurança para a partida
A Prefeitura do Rio de Janeiro também se manifestou sobre o acontecimento, divulgando um esquema de segurança e mobilidade para a partida. A partir das 17h30, interdições no tráfego de veículos ao redor do estádio começaram a acontecer. As restrições foram amplas, incluindo locais de proibição de estacionamento e outras vias que foram fechadas a partir das 10h.
A operação, que envolve agentes da CET-Rio, incluindo veículos operacionais e motocicletas, visa melhorar o trânsito e garantir a segurança no caminho dos torcedores. Diversos painéis de mensagens variáveis foram instalados para informar sobre as interdições e rotas alternativas, ajudando a manter a fluidez do trânsito e a segurança dos pedestres.
Interdições e proibições de estacionamento
As interdições ocorreram das 17h30 às 23h nas seguintes vias:
- Rua Professor Eurico Rabelo
- Rua Artur Menezes
- Rua Conselheiro Olegário
- Rua Isidro de Figueiredo
- Rua Visconde de Itamarati, entre a Rua São Francisco Xavier e a Rua Professor Eurico Rabelo
- Avenida Rei Pelé, duas faixas no sentido Centro, entre a Avenida Professor Manoel de Abreu e a altura do Museu do Índio
- Avenida Maracanã, sentido Centro, entre a Rua São Francisco Xavier e a Rua Mata Machado
Ainda, foram estabelecidas proibições de estacionamento das 10h às 23h nas mesmas ruas mencionadas, além de outras, como a Avenida Paula Sousa, lado esquerdo.
Rotas alternativas para os torcedores
Para os torcedores que precisavam se deslocar para o Maracanã, a Prefeitura ofereceu rotas alternativas:
- Para a Tijuca: utilizar a Avenida Paulo de Frontin e Rua Dr. Satamini, ou seguir pela Praça da Bandeira, Rua Pará ou Rua Paraíba e, em seguida, Rua Mariz e Barros.
- Para Vila Isabel e Grajaú: seguir as mesmas orientações citadas acima, com ajustes nas ruas.
- Para o Grande Méier: utilizar a Rua Visconde de Niterói.
Essas estratégias foram implementadas para assegurar a chegada dos torcedores ao estádio com segurança e agilidade em um momento de intensa tensão na cidade.
O cenário vivido no Rio de Janeiro demonstra que, mesmo em meio a grandes eventos como uma partida de futebol, a segurança e o bem-estar da população devem sempre ser priorizados.
