Nesta terça-feira (28), Estados Unidos e Japão anunciaram um acordo estratégico para garantir o fornecimento de minerais críticos e terras raras essenciais para setores como veículos elétricos, eletrônicos e energia renovável. A iniciativa busca fortalecer a cadeia de suprimentos e diminuir a dependência da China, que controla mais de 90% do processamento desses materiais.
Parceria para exploração e mercado justo de minerais
Segundo comunicado oficial, os dois países irão colaborar na exploração, licenciamento e no estabelecimento de estoques de segurança dos minerais, além de promover práticas de mercado mais justas. “O acordo vai reforçar a segurança econômica de ambas as nações, estimulando o crescimento sustentável”, destacou a Casa Branca.
Pelo entendimento, EUA e Japão também planejam estabelecer uma cooperação mais aprofundada com outras nações, criando uma rede internacional que otimize a produção e o abastecimento de materiais estratégicos.
Contexto geopolítico e negociações internacionais
Com a assinatura do acordo, o presidente norte-americano Donald Trump reforça sua estratégia de diversificar fornecedores e reduzir o impacto de restrições impostas por países com forte domínio na cadeia de minerais. Este movimento ocorre no momento em que Trump mantém encontros com líderes globais, incluindo uma aguardada reunião com o presidente chinês, Xi Jinping, na próxima quinta-feira (30), na Coreia do Sul.
Segundo informações da Reuters, Trump pretende discutir o chip de inteligência artificial Blackwell, da Nvidia, considerado um ponto de tensão na relação entre os dois países ao longo do ano.
Repercussões no mercado internacional
Investidores observam esses avanços com atenção, pois a coordenação entre EUA e Japão pode impactar os preços de minerais e terras raras, além de influenciar as negociações comerciais em andamento. Ainda na Ásia, os mercados da China e de Hong Kong fecharam em queda, refletindo a cautela após o anúncio.
Nos Estados Unidos, as bolsas de Wall Street registraram máximas recordes nesta terça-feira, impulsionadas por resultados corporativos positivos e confiança na política monetária. O índice S&P 500 subiu 0,24%, enquanto o Nasdaq avançou 0,80%. O Dow Jones também apresentou alta de 0,34%, demonstrando otimismo dos investidores.
Cenário interno e perspectivas
No Brasil, o governo aguarda a votação do projeto que limita gastos públicos antes de propor novas medidas de arrecadação. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que a prioridade atual é controlar despesas, após a derrubada da medida provisória que elevava impostos sobre apostas, fintechs e investimentos, o que resultou na perda de receitas estimadas em mais de R$ 50 bilhões.
Além disso, a negociação entre EUA e Brasil para futuras reuniões também é acompanhada de perto, com expectativa de reativar o diálogo bilateral na área econômica e comercial.
Influência nas taxas e câmbio
O dólar iniciou a sessão desta quarta-feira (29) em queda, recuando 0,04%, cotado a R$ 5,3576 às 9h10. Já o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, opera em alta, refletindo otimismo com os avanços internacionais e domésticos.
Com esses movimentos, o acumulado da semana no câmbio é de -0,60%, enquanto o índice Bovespa registra alta de 0,86%. Até o momento, o dólar acumula uma baixa de 13,27% no ano, e o índice paulista sobe 22,57% no período.
Esses fatores evidenciam a sensibilidade dos mercados globais às negociação diplomáticas e às decisões de política monetária, que continuam a influenciar o cenário econômico mundial.
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