Em um mundo cada vez mais verticalizado, a convivência em condomínios se tornou um tema de grande relevância, especialmente nas grandes cidades como São Paulo. No programa SP1, o especialista Marcio Rachkorsky abordou questões que afligem moradores e funcionários de prédios, oferecendo orientações práticas para resolver desafios comuns. Entre os tópicos discutidos, estavam problemas como apartamentos abandonados, situações de violência, e as necessidades de intervenção em casos de acúmulo de objetos, além de outras questões pertinentes ao dia a dia nos condomínios.
Problemas de Acúmulo e Manutenção
Uma das situações mais complicadas enfrentadas em condomínios é o acúmulo de lixo e objetos por um morador. Rachkorsky esclarece que esse comportamento muitas vezes está ligado a questões de saúde mental, e não deve ser tratado como má-fé. O ideal é que a família do morador intervenha. Entretanto, se isso não ocorre, o condomínio pode procurar a Justiça para obter uma ordem que permita a retirada dos excessos e a intervenção de profissionais de saúde.
Como lidar com vazamentos persistentes?
Os vazamentos são outra dor de cabeça comum. Um problema pequeno, se não tratado, pode se espalhar rapidamente para outros andares, aumentando os custos de reparação. O síndico deve agir. Quando o morador responsável pelo vazamento se recusa a permitir a vistoria, é essencial que a administração busque a Justiça, assegurando que o responsável arque com os custos dos danos decorrentes.
Apartamentos Abandonados e Seus Riscos
A questão dos apartamentos abandonados também merece destaque. Propriedades largadas podem gerar infiltrações, vazamentos e até infestações. Se o proprietário não aparece, o síndico pode tomar medidas legais. Isso inclui registrar provas (como vídeos e depoimentos), e, se necessário, entrar no imóvel para realizar os reparos indispensáveis, assegurando assim que outros moradores não sejam prejudicados.
Propagação de Infestações
A falta de higiene em um apartamento pode facilmente se transformar em um risco para todo o condomínio, principalmente por conta da proliferação de pragas. Neste caso, o síndico tem o dever de notificar o morador acumulador, aplicar advertências e, se necessário, ingressar com uma ação judicial para obrigá-lo a permitir a limpeza do local e o controle de pragas. A regulação dos “três S’s” — saúde, sossego e segurança — deve ser aplicada para garantir um ambiente seguro para todos.
Vigilância e Violência no Condomínio
Outra questão séria abordada por Rachkorsky foi a violência doméstica e maus-tratos a animais. Nesses casos, o condomínio ou os vizinhos precisam agir rapidamente, denunciando a situação às autoridades competentes, como a polícia ou o Ministério Público. O papel do síndico é crucial, pois deve registrar ocorrências e cooperar para garantir a segurança de todos os moradores.
Ameaças e Medidas Protetivas
Quando um morador começa a ameaçar funcionários ou vizinhos, a situação assume um caráter criminal. O condomínio deve registrar um boletim de ocorrência e avaliar a necessidade de medidas protetivas. A documentação precisa de todos os incidentes é essencial, e o envolvimento do jurídico deve ser prioridade para garantir uma resposta adequada e segura.
Sistemas de Segurança e Acesso
No âmbito de sistemas de segurança, Rachkorsky também aconselha sobre a implementação de tecnologia, como reconhecimento facial. Questões como a falha do sistema, acesso de funcionários e segurança dos dados biométricos são fundamentais para a tranquilidade dos moradores. A responsabilidade pela manutenção e o gerenciamento desses sistemas frequentemente recai sobre o síndico, mas deve haver uma clara comunicação com a empresa contratada para evitar contratempos.
As discussões realizadas por Marcio Rachkorsky evidenciam que, no ambiente condominial, é fundamental estar preparado para lidar com questões que vão além da mera convivência, envolvendo saúde, segurança e, em alguns casos, até questões legais. A comunicação entre os moradores, a gestão ativa do síndico e a busca por soluções através da justiça são essenciais para a manutenção da paz e do bem-estar em condomínios.
Para mais informações, veja a reportagem completa no G1.


