Na última semana, Emma Thompson visitou o programa The Late Show com Stephen Colbert para falar sobre sua nova série, Down Cemetery Road. Entre risadas e anedotas, a atriz revelou que sua desconfiança com tecnologia vem de longe: dos anos 90, durante a produção de ‘Razões e Sentimentos’.
A história do roteiro perdido e o impacto na relação com a tecnologia
Thompson explicou que, na época, ela estava escrevendo o roteiro de uma das suas obras mais icônicas, adaptada do clássico de Jane Austen, quando seu computador decidiu apagar todo o texto. “Foi uma das experiências mais angustiantes da minha vida”, desabafou. A atriz afirmou que, desde então, ela escreve à moda antiga, em papel, pois acredita que há uma conexão entre cérebro e mãos que os dispositivos não conseguem substituir.
“Se ‘Razões e Sentimentos’ não tivesse sido salvo de um desastre digital, acho que eu teria boicotado computadores para sempre”, disse ela, rindo. A história de Thompson ilustra como a evolução tecnológica nem sempre favorece os criadores.
Thompson e a revolta contra a inteligência artificial
Ao ser questionada sobre a chamada “revolução da IA”, a atriz adotou um tom direto: “Intensa irritação”. Ela justificou seu posicionamento: “Não confio na capacidade da tecnologia de entender emoções ou criatividade, e acho que ela nos distancia do que é genuíno”.
Colbert brincou que, se ela pudesse, enviaria uma carta de protesto às IAs, e ela concordou, rindo. Sua postura reflete o sentimento de muitos artistas e intelectuais que veem a crescente automatização como uma ameaça à expressão artística humana.
A resistência de Emma Thompson
Desde os tempos de ‘Razões e Sentimentos’, a atriz mantém uma postura cética em relação à tecnologia. Sua história reforça a ideia de que, para ela, a conexão entre criatividade e esforço humano é insubstituível. Como ela mesma afirma, se não fosse por entender a importância de preservar o contato manual, talvez fosse mais uma ativista contra o avanço digital.
Impacto cultural e o futuro da criatividade
Especialistas de tecnologia e cultura discutem o impacto dessas atitudes. Segundo o estudo da BBC, a resistência de artistas como Thompson evidencia um debate global sobre o equilíbrio necessário entre inovação e preservação da humanidade na arte.
Por ora, Emma Thompson permanece na linha de frente de quem desafia o avanço tecnológico, lembrando que a autenticidade artística não é algo que possa ser digitalizado facilmente.
Seus relatos, cheios de humor e nostalgia, reforçam a importância de valorizar o esforço manual e o talento humano em uma era cada vez mais dominada por algoritmos e inteligência artificial.


