Brasil, 29 de outubro de 2025
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Dívida pública federal cai 0,28% e fica em R$ 8,12 trilhões em setembro

A dívida pública federal diminuiu 0,28% em setembro, fechando em R$ 8,12 trilhões, impulsionada por emissão líquida e resgates liquidados.

A dívida pública federal (DPF) registrou uma redução de 0,28% em setembro, totalizando R$ 8,12 trilhões, conforme divulgado neste quarta-feira (30/10) pelo Tesouro Nacional. A redução se deveu à emissão líquida de R$ 174,95 bilhões e aos resgates líquidos que totalizaram R$ 268,08 bilhões.

Movimentação da dívida pública e limites do PAF 2025

Mesmo com a queda em setembro, o estoque da dívida saiu do limite previsto no Plano Anual de Financiamento (PAF) de 2025, que estipula uma variação entre R$ 8,5 trilhões e R$ 8,8 trilhões para o ano. O prazo médio para refinanciamento da dívida aumentou de 4,09 anos em agosto para 4,16 anos em setembro, permanecendo dentro do intervalo estabelecido pelo documento—the entre 3,8 anos e 4,2 anos.

Entenda a dívida pública federal

  • A dívida pública é contraída pelo Tesouro Nacional para financiar o déficit do governo, quando as despesas superam as receitas.
  • Ela pode ser classificada quanto à forma de endividamento e à moeda na qual ocorre o fluxo de pagamento.
  • A emissão líquida representa a diferença entre os títulos emitidos e os resgatados pelo governo federal.
  • Quando há apropriação positiva de juros, o governo obtém retorno maior dos investimentos em títulos do que paga de juros.
  • Em 2024, o estoque da dívida totalizou R$ 7,3 trilhões, dentro do limite previsto no PAF daquele ano.

Composição do estoque da dívida em setembro

Quase metade da dívida está atrelada à taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 15% ao ano. A distribuição da dívida em setembro ficou assim:

  • Taxa Flutuante (Selic): 47,47%;
  • Índices de Preços (IPCA): 26,81%;
  • Prefixados: 22,01%;
  • Câmbio: 3,70%.

Quem são os principais detentores da dívida?

O maior grupo é o de instituições financeiras, que aumentou de R$ 2,4 trilhões para R$ 2,5 trilhões em setembro, representando 32,53% da dívida. A participação da Previdência Social caiu de 23,94% para 23,07%, mantendo um estoque de R$ 1,8 trilhão.

Outros detentores incluem fundos de investimento (20,87%), não-residentes (10,19%), seguradoras (3,76%), o próprio governo (2,93%) e outros agentes, com participação de 6,65%.

Reserva de liquidez e o colchão da dívida

A reserva de liquidez — conhecida como “colchão” da dívida — caiu 9,02% em setembro, passando de R$ 1,13 trilhão para R$ 1 trilhão. Esse valor, que fica na Conta Única do Tesouro e no Banco Central, é suficiente para quitar cerca de 9,33 meses de vencimentos dos títulos.

Segundo o relatório do Tesouro Nacional, o desempenho da dívida em setembro reflete uma gestão cuidadosa diante do cenário econômico, mesmo com os desafios de refinanciamento.

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