Brasil, 29 de outubro de 2025
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Desvendando o futuro das terapias genéticas em Honduras

O ex-cofundador da Minicircle, Tristan Roberts, discute as controvérsias envolvidas nas pesquisas genéticas em ambientes pouco regulados.

No calor da cena de um beach club em Honduras, Tristan Roberts, ex-cofundador da Minicircle, compartilhou sua visão sobre os desafios e oportunidades apresentados por ensaios clínicos de terapias genéticas em um ambiente de regulação branda. A recente decisão do governo hondurenho de manter a leniência nas regulamentações permite que empresas, como uma americana operando em Próspera, realizem estudos sem a necessidade de produtos certificados segundo as Boas Práticas de Fabricação (CGMP). Para Roberts, essa é uma condição ideal para estudos piloto, especialmente quando se considera os altos custos associados à conformidade regulatória.

A flexibilidade das regulamentações em Próspera

Com a possibilidade de iniciar pesquisas com grande liberdade, Roberts destacou que os fundadores de start-ups e investidores podem conduzir ensaios clínicos iniciais com a inclusão de amigos e conhecidos, garantindo que estes não busquem reparação legal em caso de complicações. A alternativa de colaborar com a clínica GARM e passar pela revisão de seu comitê de ética poderia levar apenas semanas para ser aprovada, o que, na visão de Roberts, demonstra a agilidade desse novo ambiente de pesquisa.

Durante o almoço, recordei que Tristan foi o protagonista de um feito polêmico em 2017, quando se injetou com uma terapia genética experimental para o tratamento do HIV durante uma transmissão ao vivo. Embora sua intenção fosse promissora, o resultado foi um aumento na carga viral, o que gerou debates acalorados sobre a ética e os riscos de tais experiências. Naquele evento, Roberts estava acompanhado por outros biohackers, entre eles Aaron Traywick, que se tornou uma figura controversa após sua morte em 2018, após um incidente em um tanque de privação sensorial.

Os riscos e a ética nas terapias experimentais

Considerando seu histórico, é compreensível que Roberts tenha uma visão crítica sobre a prática de abordagens médicas não regulamentadas. Ele reconheceu as dificuldades inerentes à obtenção de suprimentos laboratoriais e clínicos necessários para acompanhar as terapias, mencionando a complexidade em realizar testes consistente. Agora, ele planeja migrar seu foco para a terapia gênica com follistatina para cães, uma alternativa que, segundo ele, poderá contornar algumas das barreiras enfrentadas por humanos.

Roberts não hesitou em apontar as falhas do sistema de regulamentação de medicamentos, enfatizando que enquanto muitos veem a corrupção como um mal exclusivo de países latino-americanos, ele acredita que os EUA possuem uma versão sofisticada do mesmo problema. “Se você não pagar pelos $80,000 de um advogado que joga golfe com a FDA, sua aplicação não será analisada”, afirmou, frisando a necessidade urgente de uma reforma no setor.

A busca por um novo paradigma nas pesquisas medicinais

O futuro das terapias genéticas, especialmente em países com regulamentação flexível como Honduras, levanta questões éticas e práticas sobre a saúde e o bem-estar dos participantes dos ensaios. É evidente que o desejo de inovar e desafiar o status quo é uma força motriz para pessoas como Roberts, mas as implicações de tais ações também demandam uma reflexão cuidadosa sobre a segurança dos envolvidos e os padrões éticos que devem ser mantidos.

Reflexões sobre o legado de Ray Kurzweil

Após nossa conversa, explorei um relato de autoficção escrito por Roberts sobre o funeral do futurista Ray Kurzweil. Em sua narrativa, ele expõe como a busca pela imortalidade e a esperança em novas tecnologias médicas podem atrair personalidades sociopatas, criando cenários mortais. A profunda intersecção entre ética, ciência e desejo humano de ultrapassar limites é um tema recorrente nas discussões sobre como devemos avançar na pesquisa de terapias genéticas.

À medida que a narrativa de pioneiros como Tristan Roberts se desenrola, a necessidade de um equilíbrio entre inovação e ética nunca foi tão pertinente. As oportunidades apresentadas por locais como Próspera trazem à tona uma reflexão crítica sobre onde traçar a linha entre risco e progresso.

Conforme continuamos a explorar o potencial das terapias genéticas, será crucial garantir que a segurança e a integridade dos participantes permaneçam no centro do desenvolvimento médico. Ao lado da inovação, é imprescindível que a ética continue sendo a bússola que nos guiará neste novo território.

Para mais informações sobre o assunto, acesse o link original.

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