Brasil, 29 de outubro de 2025
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Cresce em 24,7% número de procedimentos clínicos no SUS por AVC em Piracicaba

A região de Piracicaba apresenta um aumento significativo nos atendimentos por AVC no SUS em 2025, evidenciando a importância da prevenção.

A região de Piracicaba, localizada no interior de São Paulo, está enfrentando um aumento preocupante no número de atendimentos ambulatoriais por acidente vascular cerebral (AVC). Conforme dados recentes da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo (SES-SP), o índice subiu em 24,7% entre janeiro e agosto de 2025, totalizando 17.971 procedimentos clínicos, em comparação aos 14.411 registrados no mesmo período do ano passado. Essa estatística revela uma crescente preocupação com a saúde pública, especialmente em uma época em que as orientações sobre prevenção e cuidados têm ganhado destaque.

Aumento no número de atendimentos e queda nas internações

Embora o número de atendimentos ambulatoriais tenha disparado, as internações hospitalares por AVC no sistema público registram uma queda. Em 2025, foram contabilizadas 1.089 internações na região, em comparação com 1.157 no ano anterior. Esse paradoxo sugere que, enquanto mais pessoas estão buscando atendimento precoce, o tratamento adequado e as medidas de intervenção inicial podem estar contribuindo para menos internações.

Caso de Ana Lúcia Bortoleto: um exemplo de superação

A história de Ana Lúcia Bortoleto, uma moradora da região, exemplifica a gravidade e os efeitos devastadores que um AVC pode ter na vida de uma pessoa. Após ter sofrido dois AVCs, ela está em recuperação e teve que lidar com sequelas significativas, como fraqueza na parte esquerda do corpo. Ana descreve a experiência angustiante do reconhecimento dos sintomas, que muitas vezes são subestimados ou atribuídos a outras causas.

“Eu estava ali trabalhando, por volta das 7h40 da manhã, e senti uma fraqueza do lado esquerdo. Nisso, eu já chamei minha colega para me ajudar,” relata. Sua história ressalta a importância da identificação rápida dos sinais de um AVC, o que pode ser crucial para a recuperação.

O que explica o aumento no número de casos de AVC?

Segundo o médico-cirurgião Agnaldo Pereira Catanoce, o aumento global no número de casos de AVC pode ser atribuído a diversos fatores, sendo a dieta um deles. O consumo excessivo de alimentos ultraprocessados, ricos em gorduras saturadas, açúcares e sódio, têm impacto direto na saúde cardiovascular e no envelhecimento. “A alimentação interfere diretamente na qualidade do nosso envelhecimento,” adverte Catanoce.

Importância da prevenção e mudança de hábitos

Com base em sua experiência, Ana Lúcia fez mudanças significativas em seus hábitos alimentares, evitando frituras e alimentos ricos em gordura. Ela afirma, “Agora, eu não como mais porque a vida é um sopro,” refletindo sobre a necessidade de priorizar a saúde. Esses relatos reforçam a importância da conscientização e da educação em saúde para a prevenção do AVC.

Compreendendo o AVC: sintomas e fatores de risco

O AVC é causado pela obstrução ou rompimento de vasos sanguíneos que irrigam o cérebro, levando à morte de áreas cerebrais. Existem dois tipos principais: o AVC hemorrágico, menos comum, mas com um alto nível de fatalidade, e o AVC isquêmico, que representa 85% dos casos e resulta da obstrução de uma artéria.

Sinais e sintomas de um AVC

Reconhecer os sinais de um AVC é crucial para buscar atendimento médico imediato. Alguns dos sintomas incluem:

  • Confusão mental;
  • Alteração da fala ou compreensão;
  • Alteração na visão;
  • Dor de cabeça súbita e intensa;
  • Alteração do equilíbrio e coordenação;
  • Fraqueza ou formigamento em um lado do corpo.

Fatores de risco adicionais para mulheres

Estudos indicam que as mulheres podem estar em maior risco de sofrer AVC devido a fatores como gravidez, pressão arterial elevada e uso de contraceptivos hormonais. O médico Davi Klava destaca que a gravidez aumenta a chance de formação de trombos, e condições como pré-eclâmpsia elevam a pressão arterial, aumentando o risco ao longo da vida.

Conclusão

O aumento de 24,7% nos atendimentos ambulatoriais por AVC em Piracicaba destaca a necessidade de mais conscientização e ação em saúde pública. Mudanças no estilo de vida e atenção a sintomas podem ser decisivas na gestão da saúde cardiovascular. A prevenção através de uma alimentação saudável e a rápida identificação de sintomas são fundamentais para reduzir os riscos associados a essa condição tão séria. O caso de Ana Lúcia serve como um alerta para todos os indivíduos sobre a importância da saúde e autocuidado.

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