Brasil, 30 de outubro de 2025
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Confusão sobre apoio federal em operação no Rio de Janeiro

O secretário de Segurança Pública do RJ esclareceu a confusão sobre a falta de apoio do governo federal em operação letal nos complexos do Alemão e da Penha.

O governo do estado do Rio de Janeiro enfrentou uma intensa controvérsia acerca da operação realizada no complexo do Alemão e da Penha, considerada uma das mais letais já vistas no estado. O secretário de Segurança Pública, Victor Santos, abordou a questão em uma recente entrevista, esclarecendo a confusão em torno do apoio federal que, segundo ele, foi negado.

A operação mais letal do Rio de Janeiro

Realizada na terça-feira (28), a operação resultou em mais de 120 mortes, uma cifra alarmante que prejudica ainda mais a imagem da segurança pública no Rio. Durante a entrevista, o secretário explicou que a confusão não era com o apoio do Ministério da Justiça ou da Polícia Federal, que, segundo ele, estavam, de fato, envolvidos na troca de informações desde o planejamento da ação.

“Essa operação já vem sendo planejada há mais de 60 dias, e desde o início, essa troca de informações estava sendo feita com a Polícia Federal do Rio”, destacou Santos. Ele enfatizou a boa integração entre as forças estaduais e a Superintendência da PF, o que mostra que medidas estavam sendo tomadas para garantir a segurança na operação. Contudo, o Ministério da Defesa foi quem não atendeu ao pedido específico feito pelo governo do estado.

O apoio negado e suas implicações

O pedido de apoio que foi negado, conforme explicou o secretário, referia-se ao empréstimo de blindados militares, que eram necessários para transpor as barricadas construídas pelo tráfico, definidas por ele como “verdadeiras construções de engenharia”. Santos ressaltou que os veículos blindados das polícias estaduais não possuíam a configuração militar adequada para acessar essas áreas, o que gerou a solicitação ao governo federal.

Infelizmente, o pedido foi condicionado à decretação de uma operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), o que, segundo o secretário, foi um entrave para a operação específica que já estava em andamento. “O que aconteceu foi uma negativa focada no apoio logístico. Era um pedido para garantir que as equipes conseguissem acessar as áreas críticas onde os confrontos ocorriam”, detalhou.

Futuras operações e a importância da integração

A situação levanta questionamentos sobre a eficácia da colaboração entre os diferentes níveis de governo nas operações de segurança pública. O secretário Victor Santos solicitou uma análise mais profunda sobre como a logística e o suporte federal podem ser aprimorados no futuro. “É essencial que, nas próximas operações, as lições aprendidas sejam aplicadas para que possamos garantir a segurança de todos”, afirmou.

A narrativa de Santos aponta para uma necessidade de revisão das estruturas de apoio e resposta a situações de emergência nas áreas controladas pelo tráfico. A ineficiência logística em operações cada vez mais complexas torna-se cada vez mais evidente, e ele propôs uma mesa redonda com autoridades federais para discutir as melhores práticas.

Conclusão: o futuro da segurança no Rio de Janeiro

A operação nos complexos do Alemão e da Penha coloca em destaque a complexidade das relações entre segurança pública e as esferas de governo no Brasil. A falta de apoio do governo federal em momentos de crise fragiliza os esforços locais de combate ao crime organizado e à violência nas comunidades. Victor Santos espera que a troca de informações e a integração das polícias possam trazer melhores resultados nas próximas ações.

À medida que a sociedade civil e as autoridades discutem as melhores formas de agir, o objetivo continua sendo o mesmo: garantir a segurança e o bem-estar dos cidadãos, especialmente nos locais mais afetados pela violência. O desenvolvimento de um diálogo proativo entre os governos e as forças policiais é fundamental para enfrentar a devastadora realidade da segurança pública no Rio de Janeiro.

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