Brasil, 29 de outubro de 2025
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China compra cargas de soja dos EUA após quase dois meses de jejum

Primeira aquisição americana na temporada pode sinalizar retomada de negociações comerciais entre as duas maiores economias do mundo

A China adquiriu pelo menos duas cargas de soja dos Estados Unidos nesta semana, sua primeira compra conhecida nesta temporada, indicando uma possível retomada dos fluxos comerciais entre as duas nações. A operação foi confirmada por fontes próximas às negociações, bem como reservou embarques para entrega ainda neste ano, segundo informações de pessoas familiarizadas com o assunto.

Contexto e impacto das compras de soja americanas

Após um período de quase dois meses sem encomendas de soja dos EUA, a China voltou a adquirir o produto, o que pode ser um sinal positivo para o restabelecimento de um acordo comercial mais amplo. As autoridades chinesas e americanas chegaram a um entendimento preliminar na Malásia no fim de semana, abrindo caminho para negociações que podem aliviar tarifas e restrições que estavam em vigor nas últimas semanas. A reunião entre Xi Jinping e Donald Trump está agendada para esta quinta-feira na Coreia do Sul, prometendo um avanço nas relações comerciais.

Razões por trás da mudança de postura da China

A China, que havia evitado comprar soja dos Estados Unidos nesta temporada, diversificou suas fontes de importação ao recorrer a países da América do Sul, acumulando estoques recordes. Contudo, essa estratégia expôs o país a custos mais altos e riscos climáticos. A reentrada no mercado de soja americana visa reduzir os custos de importação e garantir suprimentos, especialmente com a possibilidade de um acordo que favoreça a retomada das exportações americanas de grãos.

Repercussões do possível acordo comercial

Um entendimento entre Washington e Pequim poderia reativar um comércio que movimentou mais de US$ 12 bilhões no ano passado e reabrir o mercado chinês, maior consumidor mundial de soja, para os produtores americanos, que enfrentam dificuldades financeiras por causa das tarifas e restrições comerciais impostas pelo governo chinês. Segundo analistas, a expectativa de uma reversão nas políticas de tarifas deve gerar impactos positivos na demanda internacional, embora ainda haja incertezas quanto à quantidade de soja que será realmente comprada.

“As notícias são, sem dúvida, positivas, mas o mercado vai esperar para ver quais são os detalhes do acordo”, afirmou Chris Nikolaou, diretor-geral da Advantage Grain, uma empresa australiana de comercialização agrícola. “É certamente bom para a demanda internacional, para os produtores e para os consumidores chineses.”

Outras negociações e desafios futuros

Apesar do otimismo, especialistas alertam que ainda existem muitas incógnitas, como volumes fixos de compra e a implementação do acordo. A demanda por soja na China continua moderada, especialmente devido às dificuldades econômicas do país e à estratégia de diversificação de fornecedores de longo prazo. Além disso, a redução das importações de milho e trigo também reflete uma maior cautela em relação ao mercado agrícola chinês.

Perspectivas para o mercado global de soja

Se a retomada das importações americanas se consolidar, os preços no mercado internacional podem reagir positivamente, beneficiando os produtores dos EUA. Entretanto, o aumento de cargas de soja dos EUA também pode exercer pressão sobre os preços de produtos processados na China, como farelo de soja, mesmo com a possível reversão das tarifas.

Para os mercados agrícolas, a expectativa é de que o desenvolvimento das negociações seja acompanhado de perto, já que a relação comercial entre Estados Unidos e China continua sendo uma das mais relevantes para o setor global.

Mais detalhes sobre o andamento dessas negociações podem ser acompanhados na Fonte original.

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