Brasil, 29 de outubro de 2025
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A violência é vista como o principal problema pelas mulheres brasileiras

Levantamento revela que 77% das mulheres consideram a segurança pública a maior preocupação do país.

A segurança pública desponta como o tema mais urgente para as mulheres brasileiras, sendo um ponto de consenso em meio à polarização política. De acordo com o Mapa Narrativo – Entre Nós, uma pesquisa do Instituto Update, 77% das mulheres entrevistadas apontam a violência como o principal problema do Brasil. Essa preocupação transcende classes sociais, faixas etárias, religiões e orientações políticas. O estudo é especialmente relevante, pois é realizado a menos de um ano das eleições de 2026, refletindo um sentimento coletivo que une diferentes grupos de mulheres em torno da segurança. O documento é publicado em um momento crítico, marcado pelo caos da segurança pública no Rio de Janeiro, com uma operação policial que resultou na morte de pelo menos 64 pessoas.

A pesquisa revela a urgência da segurança pública

Para as pesquisadoras, os resultados indicam uma mudança significativa no debate público: a segurança, antes vista como uma bandeira ideológica, agora é considerada uma preocupação comum entre mulheres de diversos recortes demográficos. O levantamento, que originou o Mapa Narrativo – Entre Nós, será oficialmente lançado em um evento na Comissão da Mulher da Câmara dos Deputados, e contará com a presença de importantes figuras políticas, como as deputadas Lídice da Mata (PSB-BA) e Talíria Petrone (PSOL-RJ), além da ministra Simone Tebet.

— Quando 77% das mulheres do país afirmam que a segurança é o problema central, elas falam não apenas de policiamento, mas do direito de viver sem medo. O Entre Nós revela que, apesar das diferenças, há um consenso profundo entre as mulheres: queremos respeito, igualdade e proteção — afirma Talíria Petrone (PSOL-RJ).

O que diz a pesquisa sobre saúde e desigualdade

Em meio ao avanço do crime organizado e à crescente sensação de insegurança, a segurança pública voltou a ser uma prioridade na agenda política. Uma pesquisa recente apontou que a violência é considerada a maior preocupação de 30% dos brasileiros, superando questões como economia, corrupção e saúde. Dessa forma, a necessidade de respostas do governo se torna premente.

O governo federal tem tentado abordar o sentimento geral através de propostas como a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública, apresentada pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski. Essa proposta visa criar corregedorias autônomas e ampliar a atuação da Polícia Rodoviária Federal, buscando fortalecer o papel da União na formulação de políticas de segurança. Lewandowski chegou a comparar essa iniciativa à criação de um “SUS da segurança pública”.

As prioridades das mulheres também foram evidenciadas no levantamento, que revelou que, após segurança, a saúde é apontada como a segunda maior preocupação por 47% das entrevistadas, especialmente entre mulheres das classes C e D. A fome aparece em terceiro lugar, conforme 36% das respostas. Também surgem consensos em torno de temas como igualdade e representatividade, com 94% defendendo a equidade salarial e 85% apoiando um aumento da presença feminina na política.

Um novo olhar sobre a política e a comunicação com as mulheres

A pesquisa indica que o eleitorado feminino está menos polarizado do que frequentemente se imagina. Segundo Carolina Althaller, diretora-executiva do Instituto Update, existe uma desconexão significativa entre o que as mulheres realmente pensam e a forma como a política se comunica com elas.

— Falar com as mulheres não é convencê-las, é ouvi-las. A força transformadora está menos no discurso e mais na escuta — afirma Carolina Althaller. O estudo foi realizado com 668 mulheres em 22 estados, evidenciando que é possível encontrar uma linguagem comum que se aproxima das realidades vividas pelas mulheres.

Contribuindo para um futuro mais seguro

O levantamento mostra que, apesar de diferentes crenças e visões, as mulheres compartilham valores semelhantes a respeito de segurança, respeito e igualdade. Um exemplo disso é a contribuição das mulheres da geração Z, que buscam protagonismo e transformação, e de mulheres conservadoras, que argumentam que o respeito à mulher é essencial para manter a ordem familiar.

Com a disponibilização do Mapa Narrativo – Entre Nós no site do Instituto Update, a partir de quarta-feira (29), espera-se que esse material forneça ferramentas valiosas para a comunicação e engajamento político, além de aproximar mulheres de origens diversas ao redor de padrões comuns. Essa iniciativa pode ser essencial para transformar a segurança pública na realidade vivida por tantas brasileiras.

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