Brasil, 29 de outubro de 2025
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A percepção da segurança pública no Brasil sob o governo Lula

Pesquisa revela que a maioria dos brasileiros vê deterioração na segurança pública desde o início do governo Lula.

Uma recente pesquisa realizada pela Paraná Pesquisas trouxe à tona a preocupante percepção dos brasileiros em relação à segurança pública. Com 45,8% dos entrevistados afirmando que a situação piorou desde o início do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a confiança nas medidas de segurança do governo federal enfrenta um duro desafio. O levantamento, divulgado nesta quarta-feira (29/10), reflete um sentimento generalizado de insatisfação que se espalha por diversas regiões do país.

Os números que alarmam a população

O estudo da Paraná Pesquisas revelou que 33,9% dos entrevistados acreditam que a segurança pública permaneceu igual, enquanto apenas 17,2% têm uma visão otimista, achando que a situação melhorou. Um pequeno percentual, 3,1%, não soube ou preferiu não responder, o que, mesmo que diminuto, demonstra uma incerteza alarmante entre os cidadãos.

A Constituição Federal destina a segurança pública como uma responsabilidade compartilhada entre as esferas federal, estadual e municipal. No caso do governo federal, sua atuação abrange principalmente crimes de maior alcance e a fiscalização de fronteiras, por meio de órgãos como a Polícia Federal e a Força Nacional de Segurança Pública. Em nível estadual, a responsabilidade pela manutenção da ordem e investigações fica a cargo das polícias Civil e Militar, além do Corpo de Bombeiros.

Percepção regional da segurança

A pesquisa ainda revela que a percepção da segurança pública varia significativamente entre as diferentes regiões do Brasil. No Norte e Centro-Oeste, as respostas foram mais positivas: 23,6% acreditam que a segurança melhorou, 28,9% afirmaram que a situação se manteve igual, enquanto 44,7% veem um retrocesso. No Nordeste, os números se assemelham: 20,9% consideram que houve melhora, 36,5% afirmam que está igual e 39,9% dizem que piorou.

No Sudeste, que possui a maior densidade populacional e onde as forças de segurança têm intensificado operações contra o crime organizado, os índices de avaliação negativa são alarmantes. Neste região, 47,5% das pessoas afirmam que a segurança piorou, 34,5% acreditam que está igual e apenas 14,5% veem alguma melhora. O Sul, por sua vez, apresenta o cenário mais desfavorável: 53,8% opinam que a situação piorou, 32,5% acham que está igual e apenas 11% acreditam em progressos.

Metodologia da pesquisa

  • A pesquisa foi realizada entre os dias 21 e 24 de outubro, envolvendo 2.020 eleitores com 16 anos ou mais, distribuídos em 162 municípios dos 26 estados e do Distrito Federal.
  • O estudo possui uma margem de erro de 2,2 pontos percentuais e um grau de confiança de 95%.
  • A margem de erro por região varia: 3,4 pontos percentuais no Sudeste (851 entrevistas), 4,2 no Nordeste (559), 5,6 no Norte e Centro-Oeste (318) e 5,9 no Sul (292).

Segurança pública em pauta

Com a segurança se mostrando como uma das principais preocupações da população brasileira, o governo Lula tem buscado atender à demanda crescente por medidas eficazes na área. Neste contexto, em abril, Lula e o ministro da Justiça apresentaram a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública ao Congresso, que visa ampliar o papel da União na formulação de políticas de segurança e fortalecer os mecanismos de controle, incluindo a criação de corregedorias e ouvidorias autônomas.

A proposta também prevê a expansão das atribuições da Polícia Rodoviária Federal e a inclusão das guardas municipais no sistema nacional de segurança. O ministro da Justiça destacou que a intenção é criar um “SUS da Segurança Pública”, embora a PEC tenha ficado parada na Câmara dos Deputados por seis meses.

Operações e repercussões

Simultaneamente ao cenário preocupante da segurança pública, uma megaoperação contra o Comando Vermelho no Rio de Janeiro resultou em tragédia e mortes, com pelo menos 64 vítimas, entre elas quatro policiais. Essa ação, que mobilizou cerca de 2.500 agentes nos Complexos do Alemão e da Penha, é considerada uma das mais violentas já realizadas no estado e sublinha a face cruel da luta contra o crime organizado.

Durante a operação, as forças policiais apreenderam 75 fuzis e realizaram 81 prisões, cumprindo 51 mandados de prisão contra traficantes. O Ministério Público, que atua na investigação, denunciou 67 pessoas por associação ao tráfico e três por tortura, revelando as complexidades e desafios enfrentados na guerra contra o crime no Brasil.

Os dados da Paraná Pesquisas refletem não apenas uma avaliação de políticas públicas, mas também um clamor da população por segurança e ações efetivas que promovam a paz social e o desenvolvimento sustentável nas comunidades brasileiras.

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