Brasil, 30 de outubro de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

A direita domina publicações sobre megaoperação no Rio

A direita foi o campo que mais se manifestou nas redes sociais durante operação que resultou em 119 mortes no Rio de Janeiro.

Uma recente pesquisa do Instituto Democracia em Xeque revelou que a direita foi o campo político que mais se manifestou nas redes sociais durante a megaoperação policial nos complexos do Alemão e Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, que deixou ao menos 119 mortos na última quarta-feira (28). Durante o dia da operação, foram contabilizadas 872 publicações de políticos e influenciadores de direita, em contraste com 438 posts da esquerda e 136 do centro político. A diferença se manteve, com 490 publicações da direita contra 217 da esquerda e 283 do centro no dia seguinte.

A operação e a mobilização nas redes sociais

O diretor-executivo do Instituto Democracia em Xeque, Fabiano Garrido, destacou que a mobilização observada nas redes sociais foi predominantemente conservadora. A pesquisa indicou que, embora a esquerda tenha tido uma presença significativa, seu volume de postagens foi menor e menos persistente. “O Engajamento total reflete uma concentração de atenção no Instagram e no X, com uma grande presença conservadora e um papel secundário dos demais campos,” explicou Garrido.

Em relação às plataformas, os conservadores ostentaram a maior proporção de postagens no YouTube (78%), seguidos por TikTok (71%), X (59%), Instagram (44%) e Facebook (31%). Por outro lado, os progressistas tiveram maior participação no Instagram (29%) e Facebook (23%). Isso demonstra um cenário em que a direita tem dominado as discussões e narrativas nas redes sociais.

Temas discutidos e narrativas formadas

O estudo também analisou os temas mais discutidos durante a operação por diferentes vertentes políticas. Os conservadores se posicionaram a favor da operação, apresentando-a como um combate necessário ao narcoterrorismo, fazendo comparações entre Cláudio Castro, governador do Rio, e Nayib Bukele, presidente de El Salvador. Eles acusaram o governo federal, liderado por Lula, de ter “abandonado” o Rio de Janeiro e de tratar traficantes como vítimas.

Enquanto isso, a esquerda lançou críticas contundentes, desafiando a narrativa da operação e caracterizando-a como um “massacre”. Essa avaliação foi acompanhada pela acusação de que a operação servia de palanque político para Cláudio Castro, que teria se oposto à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública.

O papel das redes sociais no debate político

A operação se transformou em um campo de batalha narrativo nas redes sociais. O contraste entre os discursos da direita e da esquerda reflete uma polarização acentuada e uma disputa por narrativas no espaço público. “A operação, marcada pela altíssima letalidade, tornou-se uma oportunidade para o campo progressista acusar de volta a ‘velha política de empilhamento de corpos’ ao mesmo tempo em que a extrema-direita instrumentaliza essa crise, transferindo responsabilidades ao governo federal e buscando novas narrativas para as eleições de 2026”, concluiu Garrido.

O panorama geral e o engajamento nas redes sociais durante e após a operação indicam não apenas a polarização política, mas também uma mobilização estratégica que busca influenciar a opinião pública e fortalecer as respectivas posições políticas.

Para mais detalhes sobre o assunto, você pode acessar a análise completa do Instituto Democracia em Xeque. Essa discórdia exacerbada nas redes sociais é um reflexo da complexidade do debate político contemporâneo no Brasil, que abrange questões cruciais sobre segurança pública, direitos humanos e as implicações políticas de ações governamentais.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes