Brasil, 13 de novembro de 2025
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Lula minimiza impasse com Trump e promete diálogo direto com EUA

Lula afirma que resolver o conflito com os EUA não aconteceria em uma única conversa e reforça a importância do diálogo pessoal com Trump

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira (27) que não era possível resolver o impasse com os Estados Unidos em uma única conversa, após encontro com Donald Trump na Malásia. Lula destacou a importância do diálogo contínuo e da negociação direta, evidenciando a necessidade de conversas pessoais e de equipes negociadoras para avançar nas negociações.

Diálogo e estratégia de negociação com os EUA

Segundo Lula, “não era possível, nem vocês acreditariam, que numa única conversa a gente pudesse resolver os problemas”. Ele explicou que a estratégia é estabelecer uma regra de negociação, com contatos frequentes e conversas pessoais entre os dois líderes, além de envolver equipes específicas para tratar das questões pendentes. “Ele tem o meu telefone, eu tenho o dele”, reforçou.

Encontros anteriores e avanços nas negociações

O presidente brasileiro revelou que Lula e Trump tiveram o seu primeiro encontro formal no domingo, onde buscaram um acordo para a suspensão das tarifas de importação dos EUA sobre produtos brasileiros. Essas tarifas de 50% foram impostas em julho pela Casa Branca e têm sido um obstáculo para as exportações do Brasil. “Acredito que vamos fazer um bom acordo”, afirmou Lula.

Expectativas e otimismo na relação bilateral

Durante o encontro na Malásia, Lula e Trump mostraram otimismo quanto à possibilidade de um acordo rápido, embora Trump tenha se mostrado menos confiante na volta de suas afirmações ao ser questionado por jornalistas. Trump, porém, elogiou Lula e parabenizou o brasileiro pelo seu aniversário de 80 anos, ressaltando o vigor do presidente brasileiro.

“Vamos ver se algo vai acontecer. Eles gostariam de fechar um acordo. Hoje eles estão pagando tarifa de 50%. Tive uma ótima reunião, e desejo feliz aniversário ao presidente Lula”, declarou Trump na ocasião.

Próximos passos e equipe de alta qualificação

Lula confirmou que enviará uma equipe “de alto nível” para negociar com os americanos na próxima semana, composta por ministros de peso, como Fernando Haddad (Fazenda), Mauro Vieira (Relações Exteriores) e Geraldo Alckmin (Indústria e Comércio, vice-presidente).

Entre as prioridades do Brasil estão a suspensão das tarifas e o fim das sanções impostas pelos EUA a autoridades brasileiras, incluindo o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Lula entregou a Trump um documento em inglês com dados que refutam os argumentos que justificaram as tarifas, evidenciando a disposição de negociar com base em informações concretas.

Contexto da crise e futuro da relação

A crise entre Brasil e EUA teve início com as tarifas impostas por Trump, que Lula considera baseadas em “uma mentira”. O documento entregue por Lula a Trump busca mostrar os interesses do Brasil de forma clara e transparente, aumentando as chances de uma resolução favorável em próximos encontros.

Ao finalizar o dia, Lula participou de um jantar de gala na Malásia, onde recebeu uma homenagem pelo seu aniversário. Vestido com uma camisa tradicional do país, presente do primeiro-ministro Anwar Ibrahim, o presidente brasileiro reforçou o tom de otimismo, embora mantivesse o discurso de liberdade de negociação.

Antes de deixar a Malásia, Lula brincou com os jornalistas, pedindo que “vão dormir”, em tom descontraído após um dia de intensa atividade. Segundo ele, as negociações ainda estão em fase inicial, mas a expectativa é de avanços concretos em breve.

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