Brasil, 2 de dezembro de 2025
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Eduardo Bolsonaro critica encontro de Lula e Donald Trump

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) manifestou forte descontentamento em relação ao encontro entre o presidente brasileiro Lula (PT) e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Em suas redes sociais, ele descreveu a reunião como uma “humilhação” e mostrou preocupação com possíveis interpretações que consideravam o evento uma “vitória” para o governo petista. Segundo Eduardo, o cenário atual do governo seria o de um “regime acuado pelas cordas”. O incidente gerou diversas reações entre parlamentares, tanto da oposição quanto do governo, refletidas nas redes sociais.

Repercussões sobre o encontro

Eduardo Bolsonaro questionou a legitimidade de considerar uma vitória um evento em que um líder foi “publicamente humilhado”. Ele argumentou que uma foto ao lado de Donald Trump poderia ser considerada uma vitória apenas sob a ótica de um presidente que se alinhasse à direita. “Vocês acham que é minimamente crível atrelar vitória a um regime de exceção sendo publicamente humilhado?”, interpelou o deputado em sua publicação.

O parlamentar fez ainda uma comparação contundente sobre a situação, lembrando como seria um encontro entre o ex-presidente Jair Bolsonaro e o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. Segundo ele, seria uma situação onde Bolsonaro se veria São obrigado a “implorar por uma reunião” e a “prestar satisfação” sobre as ações de seu governo.

Apoio e críticas de dentro do PL

Além de Eduardo, outros membros do Partido Liberal (PL) também se manifestaram contra o encontro. O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) criticou a atitude de encontrar Trump, insinuando que os críticos de Trump estavam sendo “idiotas” ao se aproximarem dele. Por outro lado, o líder da bancada do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), defendeu que Lula não ter negociado as tarifas antes era o que estava gerando o alto custo que o Brasil estava pagando – uma crítica que sugere que a culpa seria da falta de estratégia governamental no passado.

Mario Frias (PL-RJ), declarou apoio a Eduardo, descrevendo-o como “um guerreiro silencioso”, ressaltando seu trabalho tanto no Brasil quanto nos EUA por sanções a autoridades que ele considera corruptas.

Visões divergentes sobre o encontro

Por outro lado, membros do governo apoiaram a reunião, como o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, que viu o encontro como “um sinal de que o Brasil está voltando a dialogar com o mundo em pé de igualdade”. O deputado ainda ironizou a situação da família Bolsonaro diante do respeito dispensado a Lula por Trump, insinuando que isso feriria o orgulho dos que defendem um Brasil mais subserviente em relação aos Estados Unidos.

Outro deputado, Rogério Correia, apontou que muitos bolsonaristas estavam demonstrando “inveja e desespero”, e criticar a conexão de Trump com Lula, que consideravam uma manobra para ganhar popularidade. A ministra das Relações Institucionais do Brasil, ressaltou que o encontro “destravou negociações sobre tarifas comerciais” e abriu espaço para novas conversações em diversas áreas, reforçando a posição do Brasil na América Latina.

Expectativas após o encontro

Em entrevista coletiva após a reunião, Lula expressou otimismo e mencionou a expectativa de um acordo com Trump “em poucos dias”. Ele também se esforçou para explicar a Trump que a condenação de Bolsonaro não foi ilegal, buscando dissipar mal-entendidos e garantir um diálogo construtivo. Ele ainda declarou que um novo começo para a política brasileira estava em curso, sugerindo uma nova era para as relações internacionais.

“Rei morto, rei posto. Bolsonaro faz parte do passado da política brasileira. Eu ainda disse a ele que com três reuniões que você fizer comigo vai perceber que Bolsonaro era nada,” comentou Lula, tocando em um ponto fundamental sobre as mudanças atuais e a visão de futuro em relação à política brasileira.

Enquanto as opiniões se dividem entre aprovação e críticas, o encontro entre Lula e Trump é um indicativo de que o Brasil poderá estar mudando sua abordagem nas relações internacionais, algo que os próximos dias e decisões governamentais irão determinar.

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