De 1968 a 1985, uma série de assassinatos brutais na região de Florença transformou a paisagem local em um cenário de medo. As vítimas eram principalmente casais encontrados mortos em áreas isoladas, muitas com mutilações, no que ficou conhecido como o caso do “Monstro de Florença”.
Os primeiros crimes e a conexão com o assassino
O primeiro assassinato atribuído ao Monstro aconteceu em 21 de agosto de 1968, quando Barbara Locci, de 32 anos, e seu namorado Antonio Lo Bianco, de 29, foram mortos a tiros perto de Signa, nos arredores de Florença. A filha de Locci, com apenas seis anos na época, sobreviveu ao ataque. Após esse episódio, outros sete casais foram vítimas, geralmente durante fins de semana, em locais remotos onde os amantes se encontravam. Ao todo, 16 pessoas foram mortas, todas ligadas por um mesmo perfil de crime envolvendo uma pistola Beretta .22 com balas específicas.
Investigações, enganos e suspeitas
Os esforços policiais foram marcados por erros, vazamentos de informações e pistas falsas. Stefano Mele, marido de Barbara Locci, inicialmente confessou o crime, mas depois reverteu sua declaração, implicando diversos homens de origem sardinha, levando à chamada “Pista da Sardenha”, uma teoria que nunca foi confirmada. Esses desvios dificultaram a investigação, que permaneceu cheia de controvérsias ao longo dos anos.
“O Monstro” na mídia e o impacto na sociedade
A complexidade do caso gerou enorme atenção na mídia, alimentando rumores, teorias da conspiração e uma atmosfera de paranóia na Itália. Os suspeitos foram diversos ao longo do tempo, incluindo figuras externas às forças policiais e pessoas próximas às vítimas. Aquele que poderia ser o verdadeiro assassino nunca foi definitivamente identificado, mantendo o mistério vivo até hoje.
A nova série do Netflix e a narrativa da investigação
Estrelada por Leonardo Fasoli e Stefano Sollima, a minissérie em quatro partes, “The Monster of Florence”, estreia em 22 de outubro e foca no início da investigação em 1982, quando um jovem casal é encontrado morto no carro. A produção retrata o labirinto de obsessões, paranoia e falsas pistas que marcaram a busca pelo criminoso. Segundo Sollima, o foco foi nas vítimas e suspeitos, sem tomar partido sobre quem seria o verdadeiro Monstro.
Relevância e legado do caso
O caso do Monstro de Florença permanece uma das maiores incógnitas da criminalidade italiana, simbolizando uma época de medo e incerteza. A série busca explorar essa história sombria, revelando a complexidade das investigações e as falhas humanas que dificultaram a resolução do mistério.
Para quem deseja entender melhor esse capítulo sombrio da história italiana, a série promete mergulhar nos detalhes que assombraram uma geração inteira.