Brasil, 22 de outubro de 2025
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Rússia ataca jardim de infância e aumenta sofrimento na Ucrânia

Mais um ataque russo atinge civis ucranianos, desta vez em um jardim de infância em Kharkiv, aumentando as tensões do conflito.

Na manhã desta quarta-feira, 22 de outubro, a Ucrânia foi alvo de mais um ataque inaceitável perpetrado pela Rússia. Desta vez, a cidade de Kharkiv, a segunda maior do país, vivenciou um ataque a um jardim de infância, resultando na morte de um homem de 40 anos e deixando outras cinco pessoas feridas. O prefeito Igor Terekhov confirmou o ocorrido e anunciou que todas as crianças foram rapidamente evacuadas, embora algumas tenham sofrido ferimentos.

A gravidade da situação em Kharkiv

O ataque aconteceu no distrito de Kholodnohirsky, onde as consequências foram trágicas não apenas pela perda de uma vida, mas pela angústia coletiva que se instaurou entre a população. Terekhov descreveu a cena como caótica, com um incêndio se espalhando no local do impacto. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, não hesitou em condenar mais uma vez a agressão russa, afirmando que “não há e não pode haver justificativa para um ataque a um jardim de infância”. Ele enfatizou que tais atos evidenciam o aumento da audácia russa e a necessidade de resistência firme por parte da Ucrânia.

Reações e solidariedade

Zelensky, em suas declarações, ainda ressaltou a situação emergente das crianças que foram evacuadas e a gravidade das suas reações emocionais. Ele mencionou que muitas estavam enfrentando estresse severo, um reflexo direto da violência em curso. O ataque não apenas expõe a brutalidade do conflito, mas também evidencia como ele afeta as famílias, especialmente as mais vulneráveis.

As consequências do conflito: mais de 100 mil amputações

À medida que a guerra se arrasta por 42 meses, o número de vítimas aumenta a níveis alarmantes. De acordo com estimativas da ONG ucraniana ProtezHub, entre 20.000 e 50.000 pessoas já passaram por amputações, e um especialista próximo ao governo, Andriy Shevchenko, prevê que esse número pode superar 100.000, a maior parte soldados. Esse cenário escalafobético faz da Ucrânia o maior mercado de próteses do mundo, um reflexo da devastação causada pela guerra.

A demanda por próteses será contínua, especialmente porque as consequências de minas terrestres e outros artefatos de guerra durará por décadas, tornando muitas áreas perigosas para a vida cotidiana e para a agricultura. Entretanto, o sistema de saúde ucraniano não está preparado para lidar com um fluxo tão grande de amputados. Benefícios estatais são oferecidos, com um limite de € 25.000 por soldado, mas muitos necessitam de mais de uma prótese ao longo de suas vidas.

Desafios no tratamento de feridos

O processo de obtenção de uma prótese é muitas vezes moroso e complexo. O uso de tecnologias avançadas para a fabricação de próteses — incluindo braços mecânicos multifuncionais e pernas biônicas — é promissor, mas requer cirurgia altamente especializada. Infelizmente, muitos profissionais de saúde estão despreparados para realizar procedimentos adequados em circunstâncias de combate.

Além disso, as limitações administrativas e a falta de documentação médica frequentemente atrasam o acesso ao atendimento, e tem havido casos documentados de soldados que ficam sem cuidados médicos devidamente necessários. Este quadro angustiante não apenas ilustra a fragilidade do sistema de saúde, mas também destaca a necessidade urgente de ajuda e apoio àqueles que estão pagando o preço mais alto por um conflito que continua a devastar vidas e comunidades.

O apelo à comunidade internacional por ajuda e uma solução pacífica se torna, portanto, não apenas uma questão política, mas uma necessidade humanitária diante do desespero que permeia a vida diária dos ucranianos em tempos de guerra.

O ataque em Kharkiv e o sofrimento contínuo da população ucraniana nos lembram que cada dia de conflito traz novas tragédias e que a solidariedade global é mais necessária do que nunca para curar as feridas abertas pela guerra.

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