Durante o painel Perspectivas e Desafios da Macroeconomia Brasileira, realizado no evento Global Voices, especialistas destacaram a importância de avançar na agenda de reformas para impulsionar o crescimento e atrair investimentos no Brasil. A prioridade principal seria a Reforma Administrativa, que visa reduzir o tamanho do Estado e tornar os gastos públicos mais eficientes.
Reformas como motor do crescimento e da estabilidade
Segundo análise do mercado financeiro, avançar nas reformas é fundamental para melhorar a sustentabilidade fiscal e criar um ambiente mais atrativo para investidores. Erminio Lucci, CEO da BGC Liquidez, defendeu que o país precisa de uma reforma administrativa “dura” para fortalecer a gestão pública. João Braga, fundador da Encore Capital, ressaltou que a previsibilidade e a estabilidade são pré-requisitos para o Brasil atrair capital estrangeiro.
Visão de longo prazo e impacto das reformas
Para especialistas, a visão de Estado de longo prazo é essencial para definir e implementar mudanças estruturais. Octávio Magalhães, diretor de investimentos da Guepardo Investimentos, reforçou a necessidade de transformações profundas, comparando a reforma tributária de 2023, que promete efeitos positivos a partir de 2027, com a reforma trabalhista de 2017.
Já Eduardo Grin, cientista político e professor da FGV-SP, destacou que a reforma tributária funciona como um catalisador para o avanço de outras mudanças, especialmente diante da transição tributária e das prioridades do país pós-eleições de 2026. Segundo ele, os benefícios dessa reforma só seriam plenamente percebidos a partir de 2027.
Desafios e prioridades futuras
Especialistas reforçam que o Brasil possui uma extensa agenda de reformas ainda por fazer, como a atualização na Previdência, fundamental para conter o crescimento das despesas públicas diante do envelhecimento populacional. De acordo com Úrsula Peres, professora da UNESP, a coordenação entre Executivo e Legislativo será decisiva para definir essas prioridades, que ficarão mais claras após 2027, independentemente do resultado eleitoral.
Além disso, há planos do governo de captar R$ 160 bilhões do FGTS em 2026 para investimentos em habitação, saneamento e infraestrutura, segundo informações recentes. Contudo, ela alerta que a aprovação de pautas polêmicas, como emendas parlamentares e aumento do número de deputados, pode dificultar a implementação das ações necessárias para o crescimento sustentável do país, sem contar a relevância do controle da taxa de juros para equilibrar as contas públicas.
Outras frentes de futurísticas reformas
O setor financeiro também aposta na modernização do sistema tributário, esperando que as expectativas de melhorias na arrecadação se concretizem a partir de 2027, após a conclusão do processo de transição. Assim, a conjuntura atual evidencia que o Brasil precisa consolidar sua agenda de reformas para garantir o crescimento sustentável e a estabilidade econômica.
Para conferir detalhes sobre as perspectivas e os desafios da economia brasileira, acesse o mercado financeiro e a Reforma Administrativa.