Brasil, 22 de outubro de 2025
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PSOL pressiona para que Guilherme Boulos dispute Senado em 2026

Deputado Guilherme Boulos, recém-nomeado, pode deixar cargo para candidatar-se ao Senado, intensificando a disputa interna no PSOL.

Recentemente nomeado para a Secretaria-Geral da Presidência, o deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP) enfrenta pressão de seu partido para que candidate-se ao Senado nas eleições do próximo ano. Apesar da expectativa do governo Lula de que ele permaneça no ministério até o fim do mandato, a legislação estabelece que, caso decida concorrer, Boulos deverá deixar o cargo até abril de 2026.

A nomeação de Boulos e a pressão do PSOL

Boulos foi confirmado na Secretaria-Geral da Presidência anteontem, mas já há especulações sobre sua candidatura ao Senado. Para Paula Coradi, presidente nacional do PSOL, Boulos é um forte candidato, dado seu desempenho nas pesquisas. “É totalmente normal que a gente pense no nome do Boulos como um forte candidato para concorrer ao Senado no ano que vem. Ele já apareceu muito bem posicionado nas pesquisas, e, com um cenário tão indefinido, é muito cedo para cravar esse tipo de decisão”, afirma Coradi.

O dilema é claro: permanecer no ministério e potencialmente ser reconduzido por mais quatro anos ou deixar o cargo para uma disputa que poderia reforçar a presença do PSOL no Senado. Historicamente, Boulos é um forte puxador de votos, tendo recebido mais de 1 milhão de votos em São Paulo nas últimas eleições para deputado federal. A saída dele do cargo significaria uma perda significativa para o partido paulista.

Possíveis substitutos para o ministério

Com a possível saída de Boulos, o PSOL já começa a considerar nomes para substituir o novo ministro. Entre os cotados estão a deputada federal Erika Hilton, que representa uma aposta no “voto de opinião”, e Natália Szermeta Boulos, esposa de Guilherme Boulos. Essa última opção seria estratégica, mantendo o sobrenome influente nas urnas, e sua candidatura precisaria da deliberação do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), do qual o casal faz parte.

Outros nomes cogitados incluem Ivan Valente, Luiz Erundina, Sonia Guajajara, atual ministra dos Povos Originários, e Lucilene Cavalcante. Essas opções são vistas como uma forma de garantir que a bancada paulista do PSOL mantenha pelo menos os cinco deputados eleitos atualmente.

A visão das lideranças do PT e a rotina de Boulos

Lideranças do Partido dos Trabalhadores (PT) afirmam que Boulos se comprometeu a permanecer como ministro até o fim do governo Lula, mas agora a pressão interna do PSOL gera um dilema. A expectativa é que sua experiência no ministério e apoio do governo fortaleçam sua posição para uma possível reeleição.

No entanto, rumores em torno da insatisfação de Boulos com a rotina do Congresso indicam que ele pode preferir permanecer no ministério. Essa preferência poderia ser uma razão pela qual ele estaria relutante em deixar o cargo para a disputa do Senado, mesmo com a pressão de seu partido.

Histórico político de Guilherme Boulos

Guilherme Boulos já é uma figura conhecida na política brasileira. Ele foi candidato do PSOL à presidência em 2018 e, posteriormente, concorreu à Prefeitura de São Paulo, onde obteve um desempenho significativo ao avançar para o segundo turno, mas foi derrotado por Bruno Covas. Em seu último pleito, em 2022, Boulos novamente chegou ao segundo turno, perdendo para o atual prefeito Ricardo Nunes.

As especulações sobre seu futuro na política são inevitáveis e indicam um potencial impacto na composição do Senado, conforme mais detalhes sobre sua decisão se tornam claros.

À medida que a pressão do PSOL aumenta, Boulos deve considerar cuidadosamente suas opções, pesando o prestígio de ser um ministro do governo Lula contra a possibilidade de ser uma voz influente no Senado. A política brasileira, com suas reviravoltas, promete ainda mais desafios à frente, tanto para Boulos quanto para o PSOL.

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