Brasil, 22 de outubro de 2025
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PSDB filia Ciro e aposta em caciques após perda de governadores

Partido busca resgatar antigos líderes para fortalecer candidaturas em 2026 após uma fase difícil com a saída recente de governadores.

Após a inesperada perda dos três governadores eleitos em 2022, o PSDB, partido historicamente relevante na política brasileira, está apostando em uma estratégia ousada: resgatar caciques do passado na tentativa de montar chapas competitivas para os governos estaduais e o Senado nas eleições de 2026. Essa movimentação surge em um cenário onde a legenda precisa recuperar sua força eleitoral, uma vez que desde 1990 não ficava sem governadores.

Resgatar antigos líderes e renovar as opções

Dentre as apurações, destaca-se a filiação do ex-ministro Ciro Gomes, que poderá concorrer ao governo do Ceará. Lideranças tucanas estão estimulando também o retorno de ex-governadores proeminentes como Marconi Perillo (GO), Beto Richa (PR) e Aécio Neves (MG). Além disso, há negociações para trazer o ex-prefeito do Rio de Janeiro, Cesar Maia, com a intenção de lançá-lo ao Senado na próxima eleição.

Esses nomes, todos com mais de 60 anos, representam uma clara mudança de perfil em comparação ao trio de governadores eleitos em 2022. Enquanto Eduardo Leite (RS), Raquel Lyra (PE) e Eduardo Riedel (MS) traziam uma nova geração, em torno dos 40 anos, os novos candidatos têm décadas de experiência, desde os anos 90 na política. Esse movimento levanta questões sobre a capacidade do PSDB de se reinventar e atrair um novo eleitorado.

O impacto das migrações partidárias

A situação se complica ainda mais quando se considera que Leite e Raquel migraram para o PSD, enquanto Riedel optou pelo PP. Com isso, o PSDB se vê em uma posição vulnerável, sem governadores pela primeira vez em mais de três décadas. A direção do partidorealiza esforços para não só sobreviver, mas também conquistar posições relevantes nas eleições do próximo ano.

Ciro Gomes: uma possível candidatura presidencial

Afiliação de Ciro ao PSDB será oficializada em um evento em Fortaleza e, segundo rumores, pode incluir uma candidatura presidencial em 2026. Entretanto, as lideranças do PSDB estão se esforçando para convencê-lo a concorrer ao governo estadual como uma forma de unir a oposição contra o atual governador Elmano de Freitas (PT). As críticas de Ciro à administração de Freitas têm se concentrado em questões cruciais como segurança pública e educação, pontos sensíveis para os eleitorados locais.

Os desafios e oportunidades para Richa e Perillo

Marconi Perillo, atual presidente do PSDB, já confirmou sua intenção de disputar o governo de Goiás, cargo que ocupou anteriormente entre 1999 e 2006. Por outro lado, Beto Richa também está considerando se candidatar ao governo do Paraná, onde enfrenta possíveis desafios, inclusive de Sergio Moro (União), que disputou contra seu legado na Lava-Jato.

Ambos, Richa e Perillo, tentam se reinventar politicamente após períodos conturbados em suas trajetórias, incluindo investigações que resultaram em prisões, mas que foram posteriormente anuladas pelo STF.

Um olhar para o futuro do PSDB

A direção nacional do PSDB está ciente de que a ampliação da bancada de deputados federais é vital, especialmente com a nova cláusula de barreira que exige um mínimo de 13 deputados eleitos em nove estados para acessar o fundo partidário e o tempo de propaganda na TV. Essa meta se torna um desafio, dado que nas eleições de 2022, o partido só conseguiu eleger 13 deputados, e apenas em sete estados diferentes.

Articulações e alianças políticas

O ex-prefeito de Santo André, Paulo Serra, expressou que o PSDB deve mesclar candidaturas para o Executivo e o Legislativo, visando não só a sobrevivência, mas o crescimento do partido. Além disso, articulações estão sendo feitas com o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), para lançar Cesar Maia ao Senado, o que poderia resultar em um fortalecimento das forças tucanas na região.

Procurado para comentar, Vieira afirmou que a definição das candidaturas irá ocorrer em conjunto com a direção do partido, enquanto Maia não se posicionou sobre o assunto. A proximidade entre essas figuras do passado e novas alianças podem indicar uma estratégia focada na recuperação da força política do PSDB para as eleições que se aproximam.

Apesar das incertezas, o PSDB se vê em um momento crucial de reestruturar seus planos e candidatos, buscando tanto a renovação quanto o retorno de figuras conhecidas no cenário político, na cruzada para recuperar a potência eleitoral que um dia teve.

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