O recente julgamento da trama golpista trouxe à tona uma série de procedimentos legais que os réus, entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro, podem seguir. Com a comunicação oficial do acórdão em destaque, os advogados já se movimentam para apresentar embargos de declaração e infrigentes, visando contestar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).
Embasamento legal dos embargos de declaração
Os embargos de declaração possuem um prazo de cinco dias para serem protocolados. Este tipo de recurso tem como objetivo esclarecer contradições ou omissões que possam ter surgido durante o julgamento. Segundo informações, os advogados dos réus já confirmaram que utilizarão este instrumento para buscar esclarecimentos sobre os pontos controversos da decisão.
Apesar de ser uma ferramenta importante no contexto jurídico, os embargos de declaração geralmente não alteram o resultado final do julgamento. Após a apresentação destes recursos, cabe ao relator do caso, o ministro Alexandre de Moraes, solicitar um agendamento para o julgamento, que pode acontecer em um plenário físico ou virtual. O presidente da turma, Flávio Dino, será responsável por determinar a data específica.
Possibilidade de cumprimento da pena
Um dos principais pontos de preocupação é que, caso os embargos de declaração sejam rejeitados, é provável que o ministro Moraes ordene o cumprimento imediato da pena. Isso significaria que os réus, especialmente Bolsonaro, teriam que enfrentar as consequências da condenação sem mais delongas.
Embargos infringentes: uma segunda chance?
Além dos embargos de declaração, surge a possibilidade de apresentação de embargos infringentes, que poderiam ser usados para tentar reverter a decisão tomada. Porém, este recurso deve ser protocolado dentro de um prazo de quinze dias. O entendimento atual do STF é de que os embargos infringentes são válidos apenas quando há pelo menos dois votos a favor da absolvição. No caso julgado, houve apenas um voto favorável, do ministro Luiz Fux, o que limita as chances de sucesso desta estratégia recursiva.
Alguns advogados já manifestaram a intenção de apresentar embargos infringentes, alegando que a interpretação do regimento do STF sobre o uso deste recurso pode ser contestada. No entanto, é importante ressaltar que o ministro Moraes tem a autoridade para rejeitar individualmente cada pedido apresentado, o que pode complicar ainda mais a situação dos réus.
A expectativa em torno do julgamento
A tensão continua alta à medida que o desdobramento desse caso se aproxima. Os advogados estão sob pressão não apenas para apresentar seus recursos, mas também para encontrar uma argumentação convincente que possa provocar mudanças significativas na decisão do STF. O cenário político e jurídico continua em constante evolução, e a sociedade brasileira observa atentamente cada passo dado por todos os envolvidos neste caso de proporções históricas.
Enquanto isso, a população debate os impactos que essas decisões judiciais terão sobre a política brasileira. A questão sobre responsabilização e a aplicação da lei em relação aos atos praticados por figuras proeminentes são discutidas amplamente, refletindo a complexidade do problema e suas repercussões sociais.
À medida que os prazos se aproximam e os recursos são apresentados, todos aguardam o próximo capítulo deste enredo judicial que promete ser decisivo na história política recente do Brasil.
Para mais detalhes sobre a sequência de eventos e possíveis desdobramentos, acesse a [matéria completa](https://oglobo.globo.com/politica/noticia/2025/10/22/bolsonaro-pode-ser-preso-entenda-proximos-apos-publicacao-do-acordao-do-julgamento-da-trama-golpista-no-stf.ghtml).