Brasil, 22 de outubro de 2025
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Lula faz cálculos políticos para indicar Jorge Messias ao STF

Após reunião com Davi Alcolumbre, Lula avalia a melhor estratégia para a aprovação do advogado-geral da União ao Supremo Tribunal Federal.

No último encontro no Palácio da Alvorada entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, a discussão girou em torno da indicação do próximo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), em razão da aposentadoria de Luís Roberto Barroso. A expectativa é que o escolhido seja o advogado-geral da União, Jorge Messias. Contudo, Lula precisa realizar cálculos políticos para garantir uma aprovação tranquila na Casa, que é responsável por analisar a decisão do presidente.

Expectativas e articulações na política

Lula e Alcolumbre se reuniram na noite de segunda-feira, onde houve uma defesa pública de Alcolumbre a favor da indicação de Rodrigo Pacheco. No entanto, segundo fontes próximas, o presidente Lula já demonstra sua preferência por Jorge Messias, mas hesita em formalizar a indicação antes de garantir o apoio necessário. A expectativa era que a nomeação ocorresse na manhã seguinte à reunião, mas a decisão foi prorrogada para a volta de Lula de sua viagem à Ásia.

O papel de Pacheco e as articulações eleitorais

O presidente Lula deve se encontrar em breve com Pacheco antes de oficializar o nome de Messias. A influência e as articulações de Alcolumbre em favor de Pacheco são percebidas como normais dentro do cenário político atual. O líder do governo no Senado, Jaques Wagner, comentou que, apesar do apoio de Alcolumbre a Pacheco, Lula está “com a convicção firmada” em Messias, uma estratégia que visa não apenas a compleição do STF, mas também futuras candidaturas em Minas Gerais, onde Pacheco é visto como um candidato-chave para os planos de reeleição de Lula.

A situação atual de Pacheco e Messias

Embora Pacheco tenha recebido convites de vários partidos para uma possível candidatura ao governo de Minas, a situação interna do PSD e a demanda por aliados de centro e de direita geram incertezas sobre sua disposição para essa corrida. O ex-presidente do Senado agradeceu Lula pelo apoio, mas ainda não se posicionou como candidato. Favores políticos se tornam essenciais em um momento em que a luta por cargos no STF afeta diretamente o jogo eleitoral no Estado.

Caminhos para aprovação no Senado

O caminho para a aprovação de Messias pode ser complicado, uma vez que Pacheco, com um histórico de votos expressivos, tem o respaldo de Alcolumbre. Apesar disso, fontes próximas ao governo afirmam que Messias, que também goza de boa relação com senadores, pode conseguir os votos necessários. O histórico recente de indicações ao STF mostra uma tendência de aprovações, apesar de algumas estarem cercadas de controvérsia. No caso de Messias, seu alinhamento à Igreja Batista e seu relacionamento com o ministro André Mendonça poderiam ser fatores a favor.

O clima tenso no Senado

A tensão política no Senado tem sido evidente, com algumas aprovações recentes ocorrendo por margens estreitas. Essa realidade pode influenciar diretamente a estratégia de Lula. O líder do governo, Jaques Wagner, expressou a necessidade de que o processo transcorra sem “afrontas” para que haja um bom entendimento entre as esferas do governo e do Legislativo.

Após uma possível indicação, as articulações no Senado devem se intensificar, e a habilidade política será essencial para que Messias possa conquistar os votos necessários. A expectativa do governo é que Alcolumbre não coloque obstáculos ao andamento da indicação, mas a realidade é que sua lealdade a Pacheco poderá afetar as próximas movimentações.

Em meio a este cenário, a articulação entre as diferentes forças políticas continuará a ser crucial para a definição do novo ministro do STF. As consequências dessa escolha não se limitam à composição do tribunal, mas ecoarão nas eleições estaduais e na política nacional.

Portanto, enquanto Lula e seus aliados seguem buscando a melhor forma de viabilizar a nomeação de Messias, o balanço delicado entre apoio e oposição interna continuará a desafiar a administração do presidente.

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