A assessora de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, voltou a atacar a HuffPost nesta segunda-feira, mas não conseguiu responder à pergunta que gerou sua reação infantil na semana passada: quem escolheu Budapeste para o próximo encontro entre o presidente Donald Trump e o presidente russo Vladimir Putin. A capital húngara foi palco de uma promessa de não invasão à Ucrânia feita há três décadas, que Putin começou a violar em 2014, com ataques frequentes.
Piada com repórter e controvérsia na rede social
Ao ser questionada pela HuffPost sobre a escolha de Budapeste para a reunião, Leavitt respondeu, “Sua mãe fez”, seguido por uma réplica de Steven Cheung, diretor de comunicação da Casa Branca: “Sua mãe”. Na postagem, Leavitt compartilhou mensagens com um repórter e criticou a credibilidade do jornalista S.V. Dáte, do HuffPost, alegando que ele “não é um jornalista interessado nos fatos” e que “ataca o presidente Trump há anos”.
Apesar do episódio, ela não respondeu à pergunta original do jornal, que indagava quem teria decidido pelo local do encontro. Além disso, não comentou sobre uma reportagem recente que revelou que Trump teria pressionado Zelenskyy a aceitar uma negociação com Putin, sugerindo que Ucrânia ceda parte do seu território para pôr fim à guerra, uma proposta criticada como uma forma de rewarding ao Kremlin.
Contexto político e reações públicas
O episódio gerou repercussão nas redes sociais e reacendeu debates acerca do comportamento da assessoria presidencial diante de temas delicados. Leavitt afirmou, em sua conta no X (antigo Twitter), que Dáte “é um esquerdista que constantemente ataca o presidente Trump” e associou suas críticas ao que chamou de “tópicos democratas”.
Analistas políticos avaliam que a postura da assessora pode prejudicar a imagem da administração Biden, especialmente numa semana marcada por tensões internacionais crescentes, como a continuidade dos ataques russos à Ucrânia e as discussões em torno de possíveis negociações de paz.
Impactos e próximos passos
Especialistas apontam que o episódio expõe a polarização e o isolamento que representam desafios para a comunicação oficial em um cenário de alta complexidade diplomática. A Casa Branca ainda não se manifestou oficialmente sobre o incidente, mas fontes próximas indicam que o episódio deve ser usado como exemplo do clima de tensão pública na administração.
A expectativa é que o governo continue batalhando por uma postura mais conciliadora para evitar que episódios semelhantes prejudiquem a credibilidade de suas ações internacionais e internas.
