Nesta segunda-feira (21), a assessora de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, voltou a atacar HuffPost, mas evitou responder à questão principal que gerou uma reação polêmica na semana passada: quem escolheu Budapeste como local para a próxima reunião entre o presidente Donald Trump e Vladimir Putin. A resposta da assessora, “Sua mãe que escolheu”, foi considerada infantil e gerou ainda mais críticas.
Resposta inadequada completa a polêmica sobre a escolha de Budapeste
O questionamento surgiu após o HuffPost perguntar a Leavitt e ao diretor de comunicações da Casa Branca, Steven Cheung, quem foi responsável pela decisão de realizar o encontro em Budapeste, na Hungria. A resposta de Leavitt, “Sua mãe que escolheu”, foi publicada nas redes sociais e considerada uma tentativa de ridicularizar a jornalista S.V. Dáte, do HuffPost.
Leavitt compartilhou a mensagem em sua conta no X (antigo Twitter), afirmando que Dáte “não é um jornalista interessado nos fatos”, mas sim “um hack de esquerda que tem atacado o presidente Trump por anos”. Ela também afirmou que o jornalista “bombardeia seu telefone com pontos de vista democratas”.
Falta de respostas às questões cruciais sobre a política internacional
Apesar das provocações, Leavitt não respondeu à questão sobre quem teria escolhido Budapeste, uma cidade marcada por controvérsias relacionadas ao papel da Hungria na guerra na Ucrânia. Além disso, ela não comentou a suposta pressão de Donald Trump para que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, aceitasse a ideia de ceder territórios à Rússia em troca do fim do conflito, uma informação destacada por fontes internacionais.
Segundo reportagens, Trump teria sugerido que as atuais linhas de combate na Ucrânia fossem reconhecidas como novas fronteiras, o que foi interpretado como uma tentativa de recompensar Vladimir Putin, que enfrenta acusações de crimes de guerra pelo Tribunal Penal Internacional.
Reações e repercussões da postura de Leavitt
As mensagens de Leavitt e sua postura infantil receberam críticas de diversos setores, que consideram a atitude uma demonstração de falta de maturidade ao lidar com temas de alta relevância internacional. Especialistas apontam que esse tipo de comportamento prejudica a imagem do governo e reforça a polarização política.
Consultados, analistas políticos destacaram que, ao evitar responder questões delicadas, a assessora contribui para a desinformação e cria uma narrativa de distração ao invés de esclarecimento.
Contexto político e futuro das respostas
Especialistas alertam que essa postura pode afetar a credibilidade da comunicação oficial dos Estados Unidos, especialmente em temas sensíveis como a relação com a Rússia e a situação na Ucrânia. A expectativa é que, nos próximos dias, a administração enfrente perguntas mais diretas sobre a política externa, e as respostas de Leavitt sejam observadas de perto.
Por ora, a assessora permanece na mira das críticas por sua conduta pouco profissional, que parece mais uma tentativa de desviar do assunto do que contribuir para o debate público.
Este artigo foi originalmente publicado no HuffPost.