O presidente da FIFA, Gianni Infantino, utilizou suas redes sociais para se manifestar sobre um caso de racismo que ocorreu durante uma partida do campeonato Paulista sub-12, envolvendo jogadores da Academia Desportiva Manthiqueira e do SC Corinthians Paulista. O incidente gerou indignação não apenas na comunidade futebolística, mas em toda a sociedade.
Revolta e responsabilidade contra o racismo no esporte
Infantino expressou sua repulsa nas redes sociais. Ele disse sentir-se “enojado” ao saber que um jovem atleta, de apenas 12 anos, sofreu ofensas racistas durante a partida. “Temos uma responsabilidade, especialmente e urgentemente, para com as futuras gerações de erradicar o racismo e a discriminação do nosso jogo”, destacou o presidente da FIFA.
A fala do mandatário revela a preocupação da entidade máxima do futebol em lidar com comportamentos discriminatórios no esporte, ainda mais quando se trata do público jovem. Infantino também elogiou a atitude do árbitro em seguir o protocolo antirracista durante a partida, demonstrando que é fundamental agir com firmeza contra a intolerância.
Entenda o caso de racismo no Campeonato Paulista
O incidente aconteceu no último domingo, 19, durante a segunda metade da partida. Uma torcedora do Corinthians foi denunciada por ter chamado o jovem jogador da Manthiqueira de diversas ofensas raciais, incluindo “preto”, “sem família” e “filho da p***”. A mãe do garoto foi a responsável por fazer a denúncia, descrevendo o episódio como ¨lamentável e inaceitável¨.
Na súmula da partida, o árbitro registrou que o menino se sentou em campo, em lágrimas, após ouvir os insultos provenientes das arquibancadas. Ciente da gravidade da situação, a Polícia foi acionada, resultando na identificação e prisão da torcedora. Contudo, ela foi liberada sob medidas cautelares, o que gerou ainda mais debates sobre a eficácia das punições em casos de racismo.
A repercussão nas redes sociais
As declarações de Gianni Infantino rapidamente ganharam espaço nas redes sociais. A indignação em relação ao tratamento dado a crianças vítimas de racismo reflete um movimento crescente que luta por um futebol mais inclusivo e respeitoso. Diversas figuras públicas e organizações têm se manifestado em apoio ao jovem atleta e sua família, ressaltando a importância de campanhas de conscientização e educação sobre racismo no esporte.
A acusada pelo ato racista negou as acusações e afirmou que desavenças anteriores entre ela e a mãe do jogador podem ter influenciado a denúncia. A situação envolvendo a torcedora e sua intenção de processar a mãe do menino por ameaça destacou as complexidades emocionais e legais que emergem em casos de intolerância e preconceito no ambiente esportivo.
O futuro do combate ao racismo no futebol
O futebol brasileiro, assim como em diversas partes do mundo, enfrenta o desafio de lidar com o racismo nas arquibancadas e entre os jogadores, especialmente nas categorias de base. Casos como o do garoto da Manthiqueira não devem ser tratados como episódios isolados, mas sim como parte de uma luta mais ampla pela tolerância e respeito no esporte.
Gianni Infantino, com suas declarações, reitera que a luta contra o racismo é uma prioridade para a FIFA. É papel de todos, desde clubes até torcedores, se unirem contra qualquer forma de discriminação. Para os futuros atletas e torcedores, um ambiente esportivo saudável é crucial para o desenvolvimento e a prática do futebol.
Por fim, o episódio confirma que desportistas de todas as idades merecem um ambiente de jogo onde possam se concentrar em sua paixão, sem medo de serem discriminados ou ofendidos. A esperança é que novas abordagens e medidas efetivas sejam implementadas para garantir um futebol mais justo e inclusivo para todos.