Na manhã de domingo, 19 de outubro, um grupo de ladrões invadiu o Museu do Louvre, em Paris, roubando nove joias de grande valor histórico e cultural. A ação ocorreu pouco após a abertura do museu, às 9h30, e durou apenas sete minutos, com os criminosos fugindo de scooter.
Detalhes do assalto ao Louvre e as joias roubadas
De acordo com a Secretaria de Interior da França, quatro criminosos, com o rosto oculto, usaram uma serra de disco para invadir a Galeria d’Apollon, uma das áreas mais valiosas do museu. Eles utilizaram uma grua montada em um caminhão para alcançar uma janela e, após quebrá-la, tiveram acesso às vitrines com joias. As regiões estavam previamente monitoradas, indicando planejamento elaborado.
Segundo o ministro Laurent Nuñez, os ladrões não estavam armados, mas ameaçaram os guardas durante a fuga, que se deu em poucos minutos. Ainda tentaram incendiar o caminhão usado na ação, mas foram impedidos por um segurança do museu. O grupo saiu do local usando scooters, deixando para trás a Coroa de Empressa Eugénie, que foi encontrada quebrada nas proximidades.
Principais joias furtadas e seu valor histórico
Tiara da Imperatriz Eugénie
Confeccionada com 212 pérolas, 1.998 diamantes e 992 diamantes em lapidação rosa, a tiara pertenceu à última imperatriz da França, Eugénie, esposa de Napoleão III. O item é considerado um símbolo do período impérial francês.Ver coleção
Broche de arco de diamantes
Feito em 1855, decorado com 2.438 diamantes e 196 pedras lapidadas em rosa, também pertencente à Eugénie. Os ladrões levaram ainda um relicário de broche diamantino.Mais detalhes
Tiaras, colar e brincos de safira
Itens que remetem à realeza francesa, com safiras Ceylon (24) e mais de mil diamantes. Essas joias eram usadas por rainhas como Hortense e Maria-Amélie.Veja as peças
Conjunto de esmeraldas de Napoleão
Composto por colar com 32 esmeraldas e 1.138 diamantes, além de brincos combinando, presente do próprio Napoleão I em seu casamento com Marie Louise. Todo o tesouro foi levado pelos ladrões.Detalhes
Coroa da Imperatriz Eugénie
Outro item de grande valor, com mais de 1.300 diamantes, foi encontrado quebrado na fuga. A peça, criada em 1855 por Alexandre-Gabriel Lemonnier, representa uma das joias mais emblemáticas do museu.Ver história
Repercussões e buscas pelas joias roubadas
O presidente Emmanuel Macron considerou o assalto “um ataque ao patrimônio que valorizamos, pois faz parte da nossa história”. A polícia de Paris mobilizou mais de 60 investigadores, que já possuem imagens de câmeras de segurança que mostram os ladrões chegando ao local.Acompanhe as investigações
Especialistas em crime artístico avaliam o caso como uma “catástrofe nacional”, dada a dificuldade de recuperar joias que podem ser desmontadas, derretidas ou adulteradas para venda no mercado clandestino. Art recovery expert Arthur Brand declarou à CNN que o incidente representa uma “disaster” para a França.Leia mais
Histórico de roubos no Louvre e possíveis riscos futuros
O Museu do Louvre possui uma longa história de assaltos famosos, incluindo a invasão em 1911, quando Vincenzo Peruggia roubou a Mona Lisa, e o furto do sabre de King Charles X, em 1976. O assalto recente ressoa como um alerta de vulnerabilidades de proteção na instituição, que fecha às terças-feiras e reabrirá nesta quarta-feira, 22 de outubro.
Autoridades reforçaram o compromisso de recuperar as joias e prender os responsáveis, mas o impacto do roubo já marcou uma das maiores perdas do patrimônio franco na história recente.