Brasil, 23 de outubro de 2025
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EUA avaliam restrições de exportação de softwares críticos para China

Governo dos Estados Unidos discute possíveis restrições às exportações de softwares essenciais à China, em movimento semelhante às medidas contra a Rússia

O governo dos Estados Unidos está considerando impor restrições à exportação de uma ampla gama de softwares críticos para a China, confirmou o secretário do Tesouro, Scott Bessent, sob condição de anonimato. A medida, que ainda está em avaliação, visa limitar o acesso da China a tecnologias estratégicas, semelhante às ações tomadas contra a Rússia após a invasão da Ucrânia.

Restrição de softwares e cooperação internacional

De acordo com Bessent, as possíveis limitações poderiam englobar softwares de planejamento de recursos empresariais (ERP), gerenciamento de relacionamento com clientes (CRM) e de projeto auxiliado por computador (CAD). “Tudo está na mesa”, afirmou o secretário, destacando que qualquer controle será coordenado com aliados do G-7 para evitar desacordos isolados.

A reportagem da Reuters destacou que, embora não haja um cronograma definido, as autoridades americanas já aplicaram controles semelhantes a softwares para combater a transferência de tecnologias sensíveis à Rússia. A iniciativa, se concretizada, poderia afetar uma economia globalizada e baseada em tecnologia avançada, especialmente no setor de tecnologia e semicondutores.

Impactos no mercado e decisões futuras

As ações de empresas de tecnologia no mercado financeiro americano reagiram negativamente às notícias, refletindo o receio de um possível desinternacionalização de certas tecnologias. Segundo analistas, restrições amplas podem desestabilizar a economia americana, ainda afetada por tarifas e sanções anteriores.

Negociações diplomáticas e boas intenções

Apesar das possibilidades de restrição, Bessent ressaltou que Washington mantém negociações com Pequim de “boas intenções” e com “grande respeito”. Ambos os lados continuam a explorar formas de reduzir barreiras comerciais, adotando uma estratégia de negociação na qual medidas punitivas são usadas como alavanca para obter acordos.

Nos últimos meses, a tensão entre as duas nações aumentou, com Trump ameaçando tarifas adicionais e controles de exportação sobre softwares considerados críticos. A imposição dessas restrições seria uma resposta direta às restrições chinesas ao fluxo de minerais de terras-raras, essenciais para várias indústrias, incluindo semicondutores e defesa.

Diálogo e possíveis acordos

Trump afirmou que espera uma reunião longa com o presidente chinês Xi Jinping na próxima semana, na qual acredita que muitas dúvidas poderão ser esclarecidas e que um “bom acordo” será possível. “A relação é muito boa, e acho que algo vai dar certo”, disse o ex-presidente americano, que também ameaçou retaliações específicas à China em outras frentes comerciais.

Perspectivas futuras e cautela

Apesar do otimismo nas negociações, os EUA continuam a avaliar medidas duras, incluindo tarifas e restrições, caso as conversas não evoluam favoravelmente. A possibilidade de uma maior restrição tecnológica transforma o cenário global e influencia mercados financeiros, empresas de tecnologia e segmentos industriais essenciais.

A decisão final sobre o alcance dessas restrições ainda está em discussão, mas o movimento demonstra a postura cada vez mais agressiva do governo americano na disputa por hegemonia tecnológica com a China.

Fonte: Gerência Globo

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