Brasil, 22 de outubro de 2025
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Casos de intoxicação por metanol crescem no Brasil

O Ministério da Saúde atualiza dados sobre intoxicações por metanol em bebidas adulteradas, com reforço no tratamento e prevenção.

O Brasil enfrenta um surto alarmante de intoxicação por metanol, substância encontrada em bebidas alcoólicas adulteradas. O Ministério da Saúde divulgou na última quarta-feira (22) uma atualização sobre a situação, confirmando 112 notificações, sendo 53 casos já confirmados e outros 59 sob investigação. O estado de São Paulo é o mais afetado, concentrando 42 dos casos confirmados.

Distribuição dos casos pelo país

Além de São Paulo, que concentra a maioria dos casos, outros estados também registraram intoxicações, incluindo Paraná com 6, Pernambuco com 3, Rio Grande do Sul com 1 e Mato Grosso com 1. A situação é grave, com sete mortes confirmadas até o momento – cinco em São Paulo, duas em Pernambuco e uma no Paraná.

A atenção do Ministério se volta especialmente às investigações em andamento, que incluem 18 registros em São Paulo e outros em estados como Pernambuco (26), Piauí (4), e Rio de Janeiro (1). Entre os casos, há ainda 609 ocorrências que já foram descartadas pelas autoridades.

Tratamento e prevenção da intoxicação por metanol

Para enfrentar o aumento dos casos, o Ministério da Saúde juntamente com a Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB) publicou diretrizes para que os profissionais de saúde saibam como identificar e tratar a intoxicação por metanol de forma eficaz. O tratamento deve ser iniciado imediatamente com a administração de etanol ou fomepizol, que são antídotos contra o metanol.

Os médicos são orientados a reconhecer precocemente os sintomas de intoxicação, que podem incluir dores de cabeça, tonturas, náuseas, e alteração da visão. Casos graves devem ser rapidamente encaminhados às Unidades de Terapia Intensiva (UTI).

Medidas do governo federal

Em resposta ao aumento de casos, o governo federal anunciou a ampliação da rede de apoio ao estado de São Paulo e a criação de uma “sala de situação” para monitorar a evolução dos casos. O Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox) da Unicamp terá sua capacidade de análises ampliada, podendo realizar até 190 exames diários.

Além disso, a Fiocruz disponibilizará um laboratório para auxiliar na detecção de intoxicação por metanol. Com essas iniciativas, o governo pretende criar uma estrutura permanente de resposta a intoxicações químicas, não apenas durante o atual surto.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou a chegada de um lote de fomepizol dos Estados Unidos, que será distribuído para centros de toxicologia em todo o país. Cada paciente pode requerer entre duas e quatro ampolas do remédio para o tratamento eficaz da intoxicação.

Impacto do metanol no organismo

O metanol é uma substância altamente tóxica, e sua presença em bebidas alcoólicas pode levar a graves consequências para a saúde. Nos primeiros momentos após a ingestão, o corpo reage com uma série de sintomas que podem evoluir rapidamente para complicações mais severas, incluindo a morte. O risco é ainda maior se o diagnóstico e tratamento não forem feitos de maneira ágil e correta.

Educação e prevenção

Além do tratamento, é fundamental que a população esteja consciente dos riscos associados ao consumo de bebidas de procedência duvidosa. O governo e especialistas reforçam a importância de adquirir produtos de fontes confiáveis. Alertas também são feitos sobre a necessidade de testes laboratoriais para garantir que as bebidas sejam seguras para o consumo.

Em conclusão, o Brasil se encontra em um momento crítico em relação à intoxicação por metanol. As medidas do Ministério da Saúde e o aumento da conscientização pública são passos essenciais para prevenir novos casos e garantir a saúde da população.

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