No último domingo (19), um triste incidente marcou a Praça das Cinco Marias, em Guaratiba, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Uma cadela chamada Pantera morreu eletrocutada enquanto passava sob um brinquedo de um parque de diversões que não possuía autorização para funcionar. O caso gerou grande comoção entre os moradores da região, especialmente porque a cachorrinha era considerada um mascote por muitos.
Como o acidente aconteceu
Segundo relatos de testemunhas, a cadela, que vivia nas ruas e era cuidada por moradores locais, passou por uma poça de água nas proximidades de uma caixa de energia de um brinquedo instável. A cena foi presenciada por muitas pessoas, incluindo crianças, e surpreendeu a todos, pois a área estava chuvosa no momento do acidente. Marlene Rosa, uma moradora da região, destacou que a situação poderia ter sido pior se uma criança tivesse passado pelo mesmo local.
“Havia pessoas assistindo e foi tudo muito rápido. Eu não consigo entender como uma situação como essa pode ocorrer em um parque onde crianças brincam”, lamentou Marlene, que tentou comunicar ao responsável pelo parque sobre o risco representado pelos fios expostos. Infelizmente, sua preocupação foi minimizada quando o responsável disse: “se fosse uma criança, ela não teria passado por baixo do brinquedo”.
Reações da comunidade e ações das autoridades
Após o trágico incidente, moradores da Praça das Cinco Marias se mobilizaram para exigir mudanças nas condições de segurança dos brinquedos. Além de relatar a situação da eletrificação insegura, Marlene buscou registrar a ocorrência na delegacia local, mas recebeu a informação de que a 43ª DP não tratava desse tipo de crime.
A Polícia Civil, em nota, mencionou que o caso será apurado e que as denúncias devem ser encaminhadas à Ouvidoria ou à Corregedoria da instituição. A Secretaria Municipal de Proteção e Defesa dos Animais também anunciou que enviará um ofício à Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) para que as circunstâncias da morte de Pantera sejam investigadas. Uma equipe da secretaria esteve presente na praça na segunda-feira (20) para realizar a coleta do corpo da cadela, que foi encaminhado para cremação.
Parque foi interditado
Além das investigações, a Prefeitura do Rio informou que o parque de diversões não possuía autorização para operar e que agentes da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop) encontraram o local abandonado durante uma vistoria. Em decorrência do incidente, um edital de interdição coercitiva foi afixado no parque e os cabos de energia foram desativados para garantir a segurança da área.
“Esses espaços precisam ser regulados. Se não houver fiscalização, tragédias como essa podem acontecer novamente. É necessário verificar onde esses parques estão sendo instalados”, destacou Marlene, refletindo a preocupação crescente dos moradores sobre a segurança. Mesmo após o ocorrido, a administração municipal está em busca de determinar a responsabilidade sobre a instalação irregular do parque.
Conscientização e necessidade de fiscalização
A morte de Pantera não apenas gerou tristeza, mas ressaltou a importância da segurança em parques de diversão, especialmente aqueles que operam em áreas públicas. Os habitantes locais pedem não só um maior controle sobre a manutenção da infraestrutura dos brinquedos, mas também uma avaliação minuciosa das condições em que esses estabelecimentos são autorizados a funcionar.
Enquanto as investigações continuam, muitos ficarão na expectativa de que, a partir desse trágico evento, algo positivo possa surgir em termos de regulamentos mais rígidos e fiscalização para prevenir que novos acidentes aconteçam. O caso da cadela Pantera é um lembrete sombrio sobre a necessidade de cuidar não apenas dos animais, mas também de garantir um ambiente seguro para todos os frequentadores dos parques.
Por fim, a TV Globo não conseguiu localizar o responsável pelo parque de diversões para comentar sobre a situação. A esperança agora recai sobre as autoridades, que devem agir com seriedade para que episódios como esse não se repitam.