Brasil, 21 de outubro de 2025
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Universidades rejeitam plano de Trump que condicionava financiamento federal

Sete das nove universidades inicialmente convidadas pelo governo dos Estados Unidos a assinar um “compacto” que oferecia preferência no financiamento federal por aderir a políticas alinhadas ao presidente Donald Trump rejeitaram a proposta. A Universidade de Arizona foi a última a declinar, nesta segunda-feira, juntando-se a Brown University, Dartmouth College, MIT, Universidade da Pensilvânia, Universidade do Sul da Califórnia e Universidade da Virgínia.

Proposta de Trump e critérios exigidos

O “Compacto para a Excelência Acadêmica no Ensino Superior” enviado em 1º de outubro listava dez áreas de mudanças, incluindo a proibição de considerar sexo e raça em admissões, o fim de grupos considerados “punitivos ou violentos contra ideias conservadoras”, controle na quantidade de estudantes internacionais e definição de gênero baseada em “funções reprodutivas e processos biológicos”.

Reações das universidades

Segundo a presidente do MIT, Sally Kornbluth, a instituição recusou o acordo por “conter princípios com os quais não concordamos”. O MIT foi a primeira universidade a rejeitar oficialmente a proposta. Outras instituições expressaram descontentamento com os critérios, alegando que os requisitos poderiam comprometer sua autonomia acadêmica.

Universidades mantendo a análise

As universidades Vanderbilt e Texas em Austin ainda não tomaram uma decisão oficial, afirmando que estão avaliando a proposta. O prazo para envio de feedback, até 20 de outubro, terminou sem confirmação de adesão de todas as partes.

Contexto e impactos políticos

O governo Trump considerou esse movimento uma tentativa de “reformar” o ensino superior, que, segundo o presidente, estaria “pervertido por ideologias woke, socialistas e antiamericanas”. Após a assinatura do acordo, Trump declarou: “A Educação Superior perdeu seu caminho, e minha administração está corrigindo isso rapidamente”.

Nos meses seguintes à posse, a administração cortou recursos de universidades como Columbia e Harvard, visando combater supostas práticas discriminatórias e promover mudanças alinhadas às suas políticas. Segundo analistas, a rejeição ao pacto reflete a resistência do setor acadêmico às intervenções governamentais nesse nível.

Próximos passos

Embora o prazo para respostas tenha encerrado, o impacto das recusas ainda está sendo avaliado. Especialistas afirmam que a resistência das universidades pode fortalecer o debate sobre autonomia acadêmica e o papel do governo nas instituições de ensino.

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