Brasil, 22 de outubro de 2025
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STF condena réus do núcleo das fake news após julgamento

Após o julgamento do núcleo 4 da trama golpista, o STF aplicou penas severas para os réus envolvidos na desinformação.

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) declarou, nesta terça-feira (21), a condenação de todos os réus integrantes do núcleo 4 da trama golpista, conhecida como “núcleo da desinformação”. Após um julgamento acirrado, que culminou em placar de 4 a 1, o único ministro que se manifestou de forma divergente foi Luiz Fux, que considerou improcedente a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Resultados do julgamento

Todos os acusados foram condenados por cinco crimes imputados pela PGR, com a exceção de Carlos Cesar Moretzsohn Rocha, presidente do Instituto Voto Legal (IVL), que foi considerado culpado por apenas dois dos cinco crimes. Essa decisão reflete uma clara tentativa do STF de responsabilizar figuras influentes na disseminação de informações falsas sobre o sistema eleitoral brasileiro.

Penas impostas aos réus

Durante a fase de dosimetria das penas, foram definidas severas sanções que demonstram a gravidade das ações dos condenados. Confira as penas aplicadas a cada um dos réus:

  • Ângelo Denicoli (major da reserva do Exército): 17 anos de prisão, sendo 16 anos e seis meses em reclusão, seis meses em detenção, e 120 dias-multa.
  • Reginaldo Vieira de Abreu (coronel do Exército): 15 anos e seis meses, com início em regime fechado.
  • Marcelo Araújo Bormevet (agente da Polícia Federal): 14 anos e 6 meses de prisão, em regime fechado.
  • Giancarlo Rodrigues (subtenente do Exército): 14 anos, com regime inicial fechado.
  • Ailton Moraes Barros (ex-major do Exército): 13 anos e seis meses, em regime fechado.
  • Guilherme Marques Almeida (tenente-coronel do Exército): 13 anos e seis meses, regime inicial fechado.
  • Carlos Cesar Moretzsohn Rocha (presidente do IVL): 7 anos e 6 meses, com início em regime semiaberto e 40 dias-multa.

Além disso, o ministro Alexandre de Moraes determinou a inelegibilidade dos condenados por um período de oito anos após o cumprimento das penas. Essa decisão visa restringir a atuação política daqueles que foram responsáveis pela disseminação de notícias falsas que impactaram a democracia brasileira.

Contexto do julgamento

Esse julgamento é parte de um processo mais amplo que investiga a tentativa de golpe de Estado que ocorreu após as eleições de 2022. O núcleo 4 da trama, que está sendo julgado, é reconhecido por sua atuação em propagar desinformação sobre as urnas eletrônicas, tentando deslegitimar o processo eleitoral.

O papel das instituições e do STF se torna essencial para garantir a integridade do sistema democrático e a confiança da população nas eleições. A decisão do tribunal sinaliza um posicionamento firme contra a desinformação e a indução ao erro que pode gerar crises institucionais.

À medida que o Brasil avança em direção a futuras eleições, a população observa atentamente como as penas aplicadas aos réus podem servir como um exemplo para desencorajar ações semelhantes. O STF reafirma, assim, seu compromisso com a justiça e a proteção da democracia.

Expectativas futuras

A condenação dos réus é um passo importante na luta contra a desinformação e suas consequências para a democracia brasileira. Com a imposição das penas, espera-se que o STF continue seu trabalho de coibir práticas que possam ameaçar a integridade do processo eleitoral e a democracia em si.

O monitoramento da atuação dos condenados, bem como da repercussão de suas penas na sociedade, permitirá avaliar os efeitos dessas decisões sobre a disseminação de informações falsas no futuro.

As repercussões desse julgamento e a disposição do STF em punir os responsáveis servirão como um alerta para que todos os cidadãos e instituições respeitem os princípios democráticos e a verdade nos debates públicos.

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