No domingo, 19 de outubro, o Museu do Louvre, em Paris, fechou suas portas após uma ação rápida e sofisticada de criminosos que furtaram nove peças de joalheria de valor inestimável, incluindo coroas e tiaras de figuras históricas da França. O ataque ocorreu logo na abertura do museu, por volta das 9h30, e durou apenas sete minutos.
Detalhes do assalto ao Louvre e principais vítimas
De acordo com a NBC News, um grupo de quatro ladrões chegou ao local com o apoio de uma escavadeira e ferramentas elétricas, entrando na Galeria d’Apollon. No momento, a polícia afirma que os criminosos usaram um cortador de disco para acessar as vitrines com as joias, acionando o sistema de alarme do museu. As peças roubadas incluem a tiara de Empress Eugénie, ornamentada com mais de 200 pérolas e quase dois mil diamantes, além de um broche de diamantes de 1855, com cerca de 2.400 diamantes.
Segundo o Ministério do Interior da França, os ladrões chegaram a ameaçar os guardas enquanto fugiam de scooter, deixando uma das joias mais valiosas de Eugénie, a coroa, destruída, pois foi encontrada quebrada nas proximidades. Autoridades locais acreditam que os criminosos tinham conhecimento prévio do local, pois o ataque foi planejado com precisão.
Reação oficial e contexto histórico
O presidente Emmanuel Macron defendeu a integridade do patrimônio francês, chamando o roubo de “um ataque à nossa herança”. Ele afirmou que as forças de segurança farão tudo para localizar as joias e prender os responsáveis. Artistas e especialistas na recuperação de obras de arte, como Arthur Brand, classificaram o incidente como uma “catástrofe nacional”.
O roubo mantém um histórico de assaltos ao museu: em 1911, a “Mona Lisa” foi roubada por Vincenzo Peruggia, e em 1976, joias de rei Charles X também foram furtadas, mas nunca recuperadas. O Louvre, que permanece fechado às terças-feiras, reabrirá ao público em 22 de outubro, após as investigações.
Investigação e desafios na recuperação
Mais de 60 investigadores estão envolvidos no caso, com câmeras de segurança capturando a chegada dos ladrões ao museu, que usaram um caminhão com uma escavadeira para facilitar a entrada. Ainda assim, especialistas alertam que as joias roubadas, por serem de história e valor, podem ser desmontadas e vendidas no mercado ilegal, dificultando sua recuperação.
Erin Thompson, professora de crimes de arte da John Jay College, disse à NBC News que é possível que já seja tarde demais para rastrear todas as peças roubadas, que podem ser facilmente desmontadas e utilizadas de forma ilegal.
Impactos e medidas futuras
O caso reacende o debate sobre a segurança dos museus franceses, especialmente de obras de grande valor histórico. Autoridades prometem aumentar o rigor na proteção de acervos e intensificar as buscas pelas joias, consideradas um símbolo da história monárquica e cultural do país.
O Museu do Louvre volta a abrir suas portas nesta quarta-feira, 22 de outubro, com reforço nas medidas de segurança, na esperança de recuperar as peças e fazer justiça aos responsáveis por mais esse erro na história do arte e do patrimônio do Brasil.