A partir desta terça-feira (21/10), começa a valer a redução no preço da gasolina anunciada pela Petrobras. A estatal reduziu em 4,9% o valor do combustível vendido às distribuidoras, passando de R$ 2,85 para R$ 2,71 por litro, em média. Essa é a primeira diminuição desde julho, motivada pela queda nas cotações internacionais do petróleo e pela defasagem em relação aos preços praticados no exterior.
Impacto no mercado e possíveis efeitos ao consumidor
Embora a redução de R$ 0,14 por litro na refinaria seja uma notícia positiva, o repasse ao consumidor final pode demorar. O preço final nos postos depende de tributos estaduais e federais, custos logísticos, margens de distribuição e revenda, variáveis que dificultam previsão de uma baixa imediata na bomba, aponta a Agência Nacional do Petróleo (ANP).
Segundo dados da agência reguladora, o valor médio da gasolina comum no Brasil na semana passada era de R$ 6,22. Assim, o impacto direto nas bombas pode acontecer de forma gradual, com redução de até R$ 0,12 por litro nas próximas semanas, segundo projeções do setor.
Cenário internacional e pressões internas sobre a Petrobras
O movimento ocorre em um momento de queda nas cotações de petróleo internacionais, após semanas de alta volatilidade causada por tensões geopolíticas e sinais de desaceleração da economia global. A recomendação de reduzir preços também foi influenciada por pressões internas, incluindo cobranças de parlamentares e do próprio governo, diante da necessidade de ajustar a política de preços da estatal frente à defasagem acumulada.
Contexto econômico e perspectivas de inflação
Com a redução no valor da gasolina, a expectativa do mercado financeiro é de impacto positivo na inflação, que, conforme o IPCA divulgado na semana passada, subiu 0,48% em setembro, acumulando 5,17% em 12 meses. O grupo de combustíveis, específico, registrou alta de 0,87% no mês, com destaque para o etanol (2,25%) e óleo diesel (0,38%), além da gasolina (0,75%).
De acordo com a Warren Investimentos, essa redução poderia resultar numa leve queda na inflação de novembro, estimada em cerca de 1,58% na bomba. A projeção para a inflação de 2025 também foi ajustada para baixo, de 4,5% para 4,4%.
Perspectivas futuras
Apesar do anúncio oficial, a queda nos preços dos postos dependerá de fatores regionais e logísticos. A expectativa é que, com o tempo, a redução na refinaria se reflita no valor cobrado ao consumidor final, promovendo um benefício econômico para os motoristas em um momento de inflação controlada.
Para acompanhar os desdobramentos, leitores podem acessar o site da Metropoles.