Brasil, 21 de outubro de 2025
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Operação Makeup desmonta esquema de fraude fiscal no DF

Polícia Civil e Receita do DF desmantelam fraude de mais de R$ 18 milhões envolvendo cosméticos.

Nesta terça-feira (21), a Polícia Civil do Distrito Federal e a Receita Federal deflagraram a Operação Makeup, que tem como objetivo investigar e desmantelar um sofisticado esquema de fraude fiscal no comércio de cosméticos. O grupo é acusado de sonegar mais de R$ 18 milhões em impostos. As investigações revelaram que empresários e contadores criavam empresas fictícias em série para evitar o pagamento de ICMS, utilizando um método que incluía transferências de CNPJs para “laranjas” à medida que as dívidas cresciam.

O esquema de fraude fiscal

De acordo com os investigadores, a operação funcionava da seguinte forma: quando as dívidas fiscais se acumulavam em uma empresa, os responsáveis abriam novos CNPJs no mesmo endereço e transferiam as empresas antigas para nomes de terceiros, muitas vezes pessoas que não tinham envolvimento com o negócio, conhecidas como “laranjas”. Essa prática, além de ilegal, dificultava a rastreabilidade dos débitos e permitia que o grupo continuasse a operar sem arcar com suas obrigações tributárias.

Operação e cumprimento de mandados

A Operação Makeup resultou em 11 mandados de busca e apreensão que foram executados em regiões como Vicente Pires, Ceilândia, Águas Claras, Sudoeste, Taguatinga e Park Way. Os alvos da operação incluem distribuidoras de cosméticos, escritórios de contabilidade e residências dos investigados. A Justiça também determinou o bloqueio de bens e valores dos envolvidos até o limite da dívida, o que pode incluir carros de luxo e imóveis de alto padrão que estavam registrados em nome de terceiros.

Consequências legais para os investigados

Os indivíduos investigados poderão responder por diversos crimes, incluindo organização criminosa, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e falsidade ideológica. A soma das penas pode ser expressiva, chegando a até 26 anos de prisão. Essa situação ressalta a gravidade da fraude fiscal e suas implicações tanto para a economia local quanto para a sociedade em geral.

O nome da operação

Curiosamente, o nome “Makeup” foi escolhido por fazer referência aos produtos comercializados pelas empresas envolvidas no esquema fraudulento. Essa escolha está alinhada ao enfoque sobre a indústria de cosméticos e as práticas irregulares que, infelizmente, muitos empresários adotam em busca de lucros rápidos à custa da legalidade.

A atuação da Polícia e da Receita Federal

Participaram da operação cerca de 60 policiais civis e auditores da Receita, reforçando a importância da ação conjunta entre as autoridades para coibir práticas ilegais que ferem o sistema tributário e, consequentemente, toda a sociedade. A cooperativa entre órgãos de fiscalização é crucial para desmantelar redes de fraude complexas que, muitas vezes, operam por longos períodos sem serem descobertas.

Impacto no mercado local

Além da dimensão legal, esse episódio reforça a necessidade de um mercado comercial mais ético e transparente. A sonegação fiscal, além de prejudicar o governo, que deixa de arrecadar recursos essenciais para a manutenção de serviços públicos, afeta também os empresários que atuam dentro da legalidade, uma vez que esses precisam competir em um ambiente desleal.

As investigações ainda estão em andamento, e novas informações podem surgir à medida que as provas são analisadas e os envolvidos são interrogados. O desfecho desse caso será um importante indicativo da eficácia das medidas de combate à fraudes fiscais no Brasil.

A sociedade espera que ações como a Operação Makeup sejam apenas o começo de um movimento mais amplo e efetivo em busca de justiça e transparência no comércio brasileiro. Abrir mão da sonegação e optar pela ética é o caminho para um mercado mais justo, que beneficie a todos.

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